Desde o início da pandemia o Twitter concedeu selos de verificação de autenticidade para diversos perfis envolvidos com negacionismo, movimentos antivacinação e disseminação de notícias falsas. Isso gerou uma onda de revolta entre os usuários que ao longo dos últimos dias fizeram campanhas com diversas hashtags e ações que terminou com o Ministério Público Federal MPF cobrando do Twitter, explicações sobre verificação de usuários e ações para o combate contra fake news na plataforma.
A resposta da empresa veio no mesmo dia e não poderia ser mais desastrosa.
A declaração deixa implícita a relutância em assumir responsabilidade pela distribuição de conteúdo falso e serviu para deixar bem claro que a empresa não fará nada hoje, nem amanhã.
Em um dos trechos da nota, o Twitter brasileiro diz “não arbitrar a verdade” e com isso, dá um salvo-conduto para quem defende que a mentira se sobreponha a fatos muitas vezes comprovados cientificamente.
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Acenando de forma escancarada para o negacionismo e a delinquência intelectual e que muitas vezes mata.
Enfim, a nota é problemática do começo ao fim e deixou claro que essa questão não será resolvida sem ação poder público.
Não estou falando sobre regular a opinião ou censura, mas sobre combater o crime. Está na hora das redes se responsabilizarem pelo que permitem nas suas páginas.
Além disso, outros países já mostraram que as redes sociais só se mobilizam quando instadas pelo Estado e reguladas. Foi assim na Alemanha, França, EUA e outros países como Egito, Malásia e Tailândia.
Na Alemanha a Network Enforcement Act prevê multas e punições a empresas, caso elas não sigam as diretivas de combate a discursos de ódio e fake news, na França o Twitter permite denunciar conteúdos que perturbem a ordem social e as eleições do país.
Nos Estados unidos, os donos do Twitter e Facebook precisaram prestar esclarecimentos ao Congresso nacional.
Já passou da hora da cobrança alcançar os nossos parlamentares, seja com uma CPI ou até mesmo uma convocação no Congresso Nacional.
E embora as redes sociais ainda não sejam a principal fonte de informações, está claro que o que começou com o Orkut e suas comunidades, passou a ser uma questão de saúde pública e até mesmo de segurança nacional.
Basta ver o ataque terrorista de extrema direita ao Capitólio, o ressurgimento e fortalecimento de organizações terroristas de extrema direita na Europa e o potencial corrosivo contra os processos democráticos de diversas nações pelo mundo.
A regulamentação precisa ser feita de forma lenta e cuidadosa para que também não se torne uma arma para reprimir a liberdade de imprensa e facilitar a censura. Há uma diferença entre a governança e remoção de conteúdos que incitem o crime e a censura.
É necessário também que se atue principalmente na criação de mecanismos para detectar a origem e financiamento das cadeias de desinformação e seu financiamento e até onde a plataforma está envolvida na distribuição dessa informação enganosa. Não adianta punir ações individuais de cidadãos que são induzidos ao erro.
Não adianta a Twitter banir um ou dois perfis. TODAS as redes precisam se responsabilizar pelo que hospedam
A defesa da liberdade de expressão não pode ser feita de forma irresponsável aponto de permitir que exista uma realidade à parte dos fatos, onde a subjetividade reina por puro e simples medo de se arbitrar a verdade.
Se as redes sociais querem evitar de se responsabilizarem por delitos em suas timelines, que essa responsabilidade seja imposta por força da lei.
James Rodney Schlesinger, economista e político norte-americano, já dizia: “todos têm direito à própria opinião, mas não a seus próprios fatos”.
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Kallmann syndrome has been described in both familial X- linked and autosomal and sporadic forms, and its incidence is estimated as 1 case per 30, 000 male births and 1 per 120, 000 female births levitra generique en france cialis