O subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público, ligado ao Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou nesta sexta-feira (4) a indisponibilidade de bens do ex-juiz e pré-candidato Sergio Moro por sonegação de impostos em relação aos pagamentos da consultoria Alvarez & Marsal. Em nota, o pré-candidato do Podemos à Presidência da República afirmou que não tem nada a esconder e que já prestou os esclarecimentos necessários. Além disso, afirmou estar disposto a dar detalhes sobre sua folha de pagamento e impostos pagos no Brasil.
“Já prestei todos os esclarecimentos necessários e coloquei à disposição da população os documentos relativos à minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos. Minha vida pública e privada é marcada pela luta contra a corrupção e pela integridade, nada tenho a esconder”, escreveu.
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O comunicado do ex-juiz também acusa Lucas Furtado de “abuso de poder”. Moro afirma que irá representá-lo aos órgãos competentes.
“O cargo de Procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo”, alegou.
O subprocurador encaminhou ao TCU pedido para que declare a indisponibilidade de bens do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. A medida cautelar é motivada por possível sonegação de impostos sobre os pagamentos que ex-juiz recebeu da consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela recuperação judicial de empresas condenadas na Operação Lava Jato.
Furtado defende que o TCU investigue os ganhos declarados pelo próprio Moro, de R$ 3,6 milhões em cerca de um ano de contrato, pagos pela consultoria, que tem sede nos Estados Unidos.
Leia a nota de Sergio Moro:
“O Procurador do TCU Lucas Furtado, após reconhecer que o TCU não teria competência para fiscalizar a minha relação contratual com uma empresa de consultoria privada e pedir o arquivamento do processo, causa perplexidade ao pedir agora a indisponibilidade de meus bens sob a suposição de que teria havido alguma irregularidade tributária. Já prestei todos os esclarecimentos necessários e coloquei à disposição da população os documentos relativos a minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos. Minha vida pública e privada é marcada pela luta contra a corrupção e pela integridade, nada tenho a esconder. Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este Procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o Senador da República, Alessandro Vieira, e igualmente promover ação de indenização por danos morais. O cargo de Procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo”, Sergio Moro
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