A postura de Bolsonaro no último domingo foi uma manobra defensiva. Após derrotas sucessivas no judiciário, o capitão sentiu que precisava reagir.
O ministro Celso de Mello ignorou a possibilidade de Moro ser denunciado por calúnia, presente na petição do procurador-geral da República. Autorizou apenas a abertura de inquérito para apurar as denúncias contra o presidente.
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O ministro Alexandre de Moraes determinou que os delegados do inquérito das fake news não fossem mudados. Em seguida, suspendeu a nomeação de Ramagem para a direção da Polícia Federal.
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Foi a vez de Celso de Mello novamente entrar em campo e determinar que Moro fosse ouvido pela PF no prazo máximo de cinco dias. Uma manobra para que o depoimento acontecesse antes que Bolsonaro nomeasse o novo Diretor Geral.
Na sequência, Barroso deferiu liminar impedindo a expulsão dos diplomatas venezuelanos.
O STF agiu porque é vitima constante de inaceitáveis difamações e agressões vindas do “núcleo ideológico” do governo.
Logo após o incêndio, os bombeiros entraram em campo. O ministro da Defesa, ex-assessor de Toffoli no STF, fez uma “tabelinha” com o presidente do Supremo.
O general soltou uma nota reafirmando o compromisso com a democracia. Militares fizeram circular que ninguém vai dar um golpe a favor do presidente, nem contra ele. Toffoli apagou de vez a fogueira criticando o ativismo judicial de Alexandre de Moraes.
Guerra Fria é assim. Como nenhum dos lados possui força suficiente para lançar o míssil nuclear – nem consegue prever com segurança qual seria o desfecho -, as provocações vão escalando, mas ninguém aperta o botão vermelho.
Rodrigo Maia já deixou claro que não pretende colocar um impeachment em sua biografia. Não esquece os destinos de Ibsen e Cunha, algozes de Collor e Dilma. Também não é bobo, sabe que os pedidos de impedimento em sua mão são um valioso “seguro”.
Com o refugo do presidente da Câmara, sobra como “noiva” de um eventual impeachment o PGR. Por que ele denunciaria o presidente? Circula que Augusto Aras deseja a vaga no STF. Surgirão duas. A indicação é de Bolsonaro. Ou de Mourão. Vale o risco?
O fenômeno de derretimento das democracias liberais parece ser global. O curioso é que por aqui governo, oposição e instituições participam deste “esforço”. Bolsonaro milita por isso, é o sócio majoritário, mas todos possuem algumas “ações”.
A democracia é uma abstração inventada pela espécie capaz de acreditar e cooperar em torno de coisas que não existem. Quando a regra muda de acordo com as conveniências, ou ela se mostra incapaz de resolver os problemas concretos da vida das pessoas, o pacto social que sustenta a abstração pode estar em risco.
No Oriente, onde a covid-19 foi controlada com maestria, outras formas de governo “vão muito bem, obrigado”. A principal potência do século XX triunfou possuindo apenas dois partidos políticos. Existe apenas um na gigante emergente do século XXI. Sinal dos tempos?
Senhor jornalista, não se pode chamar de instituições, a outros dois poderes que quase que diariamente através dos meios de comunicação (entenda-se Rede Globo e Folha de S. Paulo) agrediram ao chefe de outro poder e sistematicamente buscaram “desconstituir” o Executivo. Creio que STF e CONGRESSO, mantinham uma paz fingida e de tanto fustigarem finalmente chegaram a um ponto sem retorno e a guerra declarada !
Assim, creio que o presidente foi brilhante estrategista, pacientemente absorveu os sistemáticos golpes ! E foram tantos e seguidos que não há ,como não caracterizá-los como agressões.