De acordo com um funcionário de uma empresa de TI pública que não quis se identificar, a segurança cibernética foi apontada pela Estratégia Nacional de Defesa (END) como o setor mais crítico da Política Nacional de Defesa (PND) do Brasil.
Responsável por outras áreas estratégicas, como os setores nucleares e espaciais do Brasil, a END tomou essa decisão baseada nas perdas financeiras que um ambiente digital inseguro pode gerar para o País.
Baseado no estudo “2018 Cost of Data Breach Study: Global Overview”, realizado pela IBM em parceria com o Instituto Ponemon, o texto da Estratégia Nacional destaca que em 2018 houve um grande aumento de diferentes ataques cibernéticos contra empresas. No mesmo sentido, o estudo elucida que o custo médio de violação de dados cibernéticos aumentou. Somente entre 2017 e 2018, o aumento de custos foi de duzentos e quarenta mil dólares. Somente no Brasil, o custo médio de uma violação foi de US$1,24 milhões.
Por isso, tornaram-se objetivos estratégicos tornar o Brasil mais próspero e confiável no ambiente digital, aumentar a resiliência brasileira às ameaças cibernéticas e fortalecer a atuação brasileira em segurança cibernética no cenário internacional.
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Dataprev e Serpro têm papel fundamental nesse cenário pois possuem equipes de tratamento e resposta aos incidentes cibernéticos. São estas equipes que podem elaborar protocolos de segurança mais robustos e garantir a segurança de serviços de Estado, bancos públicos, universidades públicas, empresas de telecomunicação, Forças Armadas, órgãos judiciários e provedores de internet.
Dessa forma, avalia o funcionário público, em relação às ameaças cibernéticas a que o País está exposto, Dataprev e Serpro “precisam de meios para identificar, proteger, detectar, avaliar, responder, recuperar e assim gerenciar o risco das ameaças cibernéticas”. Bem como, completa o especialista, ” ferramentas de automação de segurança que usam inteligência artificial e aprendizado de máquina, que permitam analisar, identificar e conter os ataques”.
A privatização das empresas públicas de tecnologia da informação brasileiras, pode gerar grandes custos para as empresas privadas e públicas do Brasil, além de prejudicarem a meta de desenvolver um ambiente seguro e atrativo para investidores no País.
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