Líderes de diferentes partidos emitiram uma nota desencorajando que a população vá às ruas neste domingo (7), em meio à pandemia de covid-19. O grupo considera legitima a manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro, mas acredita não ser o momento para realizar atos de rua, já que o Brasil enfrenta números crescentes de infecção e morte por covid-19.
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“Bem certo que a organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da presidência da república tem sido devastadora ao país e aliada do coronavírus”, afirmam os líderes em nota, pedindo o adiamento das manifestações nas ruas.
A nota assinada pelo líder da minoria do Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); líder do Cidadania, Eliziane Gama; do PDT, Weverton (MA); do PSB, Veneziano Vital do Rêgo (PB); do PSD, Otto Alencar (BA); e o vice-líder do PT, Jaques Wagner; foi lida na sessão remota do Senado nesta quinta-feira (4).
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Na manifestação, eles defendem que o momento é de se redobrar os cuidados e fortalecer as medidas de isolamento social. O Brasil, neste momento, é o segundo país no mundo com maior registro de casos confirmados (614.941) e o terceiro país em registro de mortes (34.021) em decorrência da doença. Nas últimas 24h o Brasil foi mais uma vez o país que registrou mais mortes diárias.
“Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social”, diz a nota.
Veja a nota na íntegra:
Nota dos Líderes Partidários do Senado Federal em defesa da VIDA e da DEMOCRACIA”
Os líderes dos diferentes partidos do Senado Federal, a saber a Rede Sustentabilidade, o PSB, o PDT, o Cidadania, o PSD e o PT, vem através desta nota desencorajar os brasileiros que, acertadamente, fazem oposição ao Sr. Jair Bolsonaro a irem às ruas nesse próximo domingo.
Nosso pedido parte da avaliação de que, não tendo o país ainda superado a pandemia, que agora avança em direção ao Brasil profundo, saindo das capitais e agravando nos interiores, precisamos redobrar os cuidados sanitários e ampliar a comunicação com a sociedade em prol do distanciamento social.
Bem certo que a organização de setores da sociedade aqueceu nossos corações de esperança, na certeza de que o Brasil já identificou que a política da presidência da república tem sido devastadora ao país e aliada do Coronavírus. Adiaremos à ida às ruas, pelo bem da população, até que possamos, sem riscos, ocupá-las, em prol da população.
Ademais, observando a escalada autoritária do governo federal, devemos preservar a vida e segurança dos brasileiros, não dando ao governo aquilo que ele exatamente deseja, o ambiente para atitudes arbitrárias.
Entendemos, portanto, que ainda não é o momento, em respeito às famílias de vítimas do Coronavírus e também daqueles que até hoje tem respeitado e com razões, baseado nos melhores estudos científicos, o isolamento como a melhor alternativa de combate à Covid-19. Continuaremos firmes na oposição das mais diversas formas que a situação pandêmica nos permite.
Assinam,
Randolfe Rodrigues, líder da Oposição e da Rede Sustentabilidade do Senado Federal.
Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado Federal.
Weverton Rocha, líder do PDT no Senado Federal
Jaques Wagner, vice-líder do PT no Senado Federal.
Veneziano Vital do Rego, líder do PSB no Senado Federal.
Otto Alencar, líder do PSD no Senado Federal.
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É uma atitude de bom senso. Seria contraditório condenar os atos insanos do presidente e da sua troupe de imbecis e praticar o mesmo crime.
Ué.. mas o movimento não era suprapartidário?? Por que o pute tem de desencorajar então?? Não era o “””Brasil””” que não aceita o PRESIDENTE BOLSONARO??