O presidente Jair Bolsonaro voltou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de ter vazado para a TV Globo o depoimento do porteiro que lhe associou às investigações sobre o assassinato de Marielle Franco. Na live desta quinta-feira (31), Bolsonaro afirmou que Witzel está tentando destruir a sua imagem para poder vencer as próximas eleições presidenciais.
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“Ele botou na cabeça que quer ser presidente da República. Nada contra. Quem tem mais de 35 anos e não deve nada à Justiça Eleitoral que arranje um partido e concorra. Agora, ele botou na cabeça que tem que me destruir, me associar a corrupção e a execuções. Aquela velha narrativa de milicianos”, reclamou Bolsonaro, voltando a dizer que Witzel sabia do depoimento do porteiro sobre o caso Marielle e era o responsável pelo vazamento dessa informação para a TV Globo.
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“O governador sabia e estava comemorando”, atacou Bolsonaro, dizendo que essa não foi a primeira vez que Witzel potencializou processos contra a sua carreira. O presidente sugeriu até que o governador do Rio de Janeiro já havia vazado informações contra Flávio Bolsonaro para a Globo.
“Você jogou tudo fora. Podia fazer uma carreira bonita no estado do Rio de Janeiro, que lamentavelmente está na mão de um cara que a gente agora sabe qual é o interesse dele, o poder pelo poder”, disse Bolsonaro, afirmando que Witzel “jogou tudo fora” e já perdeu esse jogo.
“Witzel, não deu certo, você perdeu. Que vexame, foi vaiado no campo, chamado de traidor”, atacou o presidente, que também criticou outros gestos do governador carioca, como a comemoração pelo fim do sequestro que deixou dezenas de pessoas presas em um ônibus na Ponte Rio-Niterói recentemente e acabou com a morte do sequestrador.
Bolsonaro ainda sugeriu que Witzel não deveria atacá-lo porque foi eleito graças à família Bolsonaro. “Por que o Witzel trabalha contra mim se nós o elegemos? Ele era um ilustre desconhecido. Duvido quem conhecesse o juiz Witzel do Rio de Janeiro, a não ser o pessoal do ciclo de amizade dele. […] O senhor se eleegu usando o meu nome, se elegeu ao lado de Flávio Bolsonaro o tempo todo”, declarou.
O presidente ainda criticou a TV Globo por ter divulgado a informação de que ele poderia ter relação com o assassinato de Marielle Franco, mesmo tendo provas que ele estava em Brasília no dia do crime. Chamou o jornalismo da Globo de ruim e também criticou o trabalho da Folha de São Paulo, cujas assinaturas foram canceladas pelo Planalto.
Bolsonaro ainda falou sobre a situação do óleo no Nordeste, repetindo que o material veio da Venezuela. Porém, em nenhum momento da live desta quinta-feira, comentou a declaração de Eduardo Bolsonaro sobre a possível volta do AI-5 – fala que repercutiu durante todo o dia no Brasil.
Bolsonaro não precisa do Witzel para destruir a sua imagem. Ele mesmo já tem mestrado e doutorado nisso!
O “principiante” carioca fez campanha dizendo que ia fuzilar bandido na cabecinha, mas quando o sniper precisou agir na ponte Rio-Niterói, foram seis tiros no aloprado e nenhum na cabeça.
Quer dizer: cinco tiros para torturar e um para matar, sendo que na China comunista é um na nuca e a família paga a bala.
Pois é, Presidente! Infelizmente, nesse meio tem pessoas que vivem puxando o tapete de outro. Fique firme, Presidente!