Na edição número 15 do Farol Político, os analistas políticos André Sathler, Ricardo de João Braga e Sylvio Costa sugerem um novo conceito para entender o atual status das relações de poder no Brasil: presidencialismo de contaminação.
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A expressão é uma referência bem humorada ao termo “presidencialismo de coalizão”, aceito pela grande maioria dos cientistas políticos para designar o relacionamento entre governo e Congresso durante as gestões federais do PSDB, do PT e do MDB (de 1988 a 2018).
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Coalizão foi, nessas três décadas, a maneira encontrada por sucessivos presidentes para obter maioria parlamentar. Negociando com partidos, eles distribuíam ministérios e posições de destaque na máquina pública, o que se revertia em aprovação das matérias do seu interesse no Legislativo.
O mensalão e o petrolão foram as formas mais extremas que assumiu o presidencialismo de coalizão, contribuindo para levá-lo ao desgaste e à exaustão.
Jair Bolsonaro, que formou o ministério sem ouvir os partidos e abdicou do papel de articulador de maiorias para aprovar propostas legislativas, escolheu outro caminho. Em vez de se compor com outras forças políticas, as denuncia e as expõe à indignação dos seus seguidores, com os quais mantém relação direta.
PublicidadeTambém perdeu, por iniciativa do Congresso, grande parte do controle sobre o orçamento da União. Ele agora tem caráter impositivo, ou seja, tem execução integral obrigatória, retirando do chefe de governo a margem de manobra para a barganha de liberações de recursos destinados aos redutos eleitorais dos políticos.
No presidencialismo de contaminação de agora, a variável sanitária é o novo coronavírus. A variável política é a desinformação. Por isso, apesar de identificado pelo descuido com a quarentena, das suas idas e vindas em relação a atos e declarações e do seu impulso obsessivo à confrontação (contra o Congresso, “os políticos”, a mídia, o STF etc.).
Mesmo investindo “contra a ciência e o conhecimento histórico”, pondera a edição 15 do Farol Político, a sobrevivência política de Bolsonaro é uma possibilidade real. “No jogo e na política, há os que vencem blefando”, completa o texto.
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No último dia 19 de março, o Farol Político surpreendeu o eixo político-empresarial Brasília/São Paulo ao cometer a ousadia, naquele momento, de falar em perda de poder – parcial, com sua manutenção na cadeira, ou mesmo total, com afastamento do cargo – do presidente Jair Bolsonaro. O esvaziamento de suas atribuições está em pleno curso, como mostrou a tentativa frustrada de demitir Mandetta.
Dois ingredientes tornam o Farol e outros produtos premium do Congresso em Foco indispensáveis para quem quer ou precisa avaliar o impacto da política em nossas vidas: informações atualizadas, confiáveis e quase sempre exclusivas, produzidas pela equipe jornalística que mais conhece o Congresso e os bastidores de Brasília; e o conhecimento científico de consultores e colaboradores externos, agora ainda mais disponível em razão da “sala de situação” que criamos para monitorar a pandemia e a crise política.
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Presidencialismo de contaminação acontece quando o povo coloca no poder um ladrão e sua corja, como fizeram em 2002, e este ladrão e sua corja institucionalizam a ladroagem.. assaltando o País aos bilhões como o pute fez.
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Parece que nem uma virose extremamente letal conseguiu clarear a capacidade das pessoas pararem com esses embates políticos, extremamente egoístas. Cego é aquele que não quer ver e por isso, teremos que contar os milhares de mortos no final dessa pandemia, a continuar com essa desunião.
Quem foge de debate político é que é egoista ao extremo.
É preciso haver constante troca de opiniões entre as pessoas para haver esclarecimento e união da sociedade.
Esclarecimento e união da sociedade só ocorrem quando a troca de opiniões vêm sem insultos, fanatismos e desinteligência. Querem discutir política, discutam, mas de maneira mais civilizada e inteligente, e num momento mais oportuno. Comecem discutir pelo descaso com a saúde pública que vem se arrastando há décadas e agora estamos pagando um preço muito alto por esses desmandos e falta de responsabilidade política.
Discutam também, os mais de 30 milhões de brasileiros que sequer existiam para os nossos governantes, também há décadas.
Pelo amor de Deus !!! Vamos fazer nossa parte cuidando e se cuidando e assumir nossos ganhos e perdas,politicagem e vírus não combina só multiplicará esta situação. !!! Não existe outro Jeito. (O vírus também é letal para qualquer Partido Politico )
O PRESIDENTE BOLSONARO nos contaminou mesmo. Desde que ele surgiu e VENCEU FÁCIL a eleição de 2018, fomos contaminados por um vírus e o sintoma é claro.. NÃO ACEITAREMOS JAMAIS A VOLTA DA ESQUERDA NOJENTA E LADRA AO PODER.
Risco calculado,Se O pres. Bolsonaro virar as costas para esse povo, e as redes sociais que o elegeram…Aí que não termina o mandato!!!…Tem urubus Lesa-Patrias por todo lado só na espreita!!
Fica tranquilo… o PRESIDENTE BOLSONARO vai é ser REELEITO em 2022.. e em primeiro turno!
Além de ser muito limitado, esse presidente é um enorme egoísta.