O desembargador Kassio Nunes, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), tem nesta semana uma agenda cheia de reunião com senadores. Os congressistas precisam aprovar o nome do escolhido pelo Executivo para que ele seja confirmado no cargo.
Reunião de líderes do Senado definiu que a votação da indicação de Kassio para o STF será no dia 21. A intenção é que neste dia o senadores analisem o nome dele tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quanto no plenário.
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Bolsonaro tem ajudado com as articulações para a aprovação. O presidente convidou senadores aliados para uma reunião nesta quarta-feira (7). Além disso, Bolsonaro e Kassio estiveram na noite de domingo na casa do ministro do STF Dias Toffoli, onde também estava presente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Na manhã desta terça-feira (6), o desembargador se reuniu por videoconferência com os senadores Marcos Do Val (Podemos-ES), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Wellington Fagundes (PL-MT), Jayme Campos (DEM-MT), Elmano Férrer (PP-PI) e Maria do Carmo (DEM-SE). A reunião foi feita por iniciativa dos partidos do bloco parlamentar chamado Vanguarda que reúne partidos como o DEM, PL e PSC. No café da manhã virtual Kássio foi questionado sobre algumas das suas opiniões sobre prisão em segunda instância e operação Lava Jato.
PublicidadeKassio Nunes também tem reunião prevista com o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que vai acontecer às 18h30 desta terça.
Apesar do diálogo com o grande número de senadores, alguns integrantes da Casa Legislativa criticam a pressa nas articulações para que o nome dele seja aprovado. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse na semana passada que a sabatina só vai acontecer depois da aposentadoria do ministro do STF Celso de Mello e que antes disso seria “um desrespeito”.
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), afirmou que foi questionado se Kassio participaria da reunião de líderes do Senado marcada para esta terça.
“Imprensa perguntando se o Kassio Nunes irá participar do colégio de líderes. Respondi que não sabia, mas peço que nos poupem e poupem o candidato deste constrangimento. É um absurdo e vou reagir e pedir que ele saia. Desrespeito a CCJ que irá sabatinar e ao voto do plenário. Tudo tem limite.”
Há um acordo firmado entre o governo e o presidente do Senado para que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) seja escolhido relator da indicação. A presidente da CCJ afirmou que não definiu para quem vai designar a tarefa e que a decisão acontecerá na quinta-feira (8).
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