O presidente Jair Bolsonaro disse, na saída do Palácio do Alvorada na manhã desta sexta-feira (3), que antes de emitir qualquer comunicado sobre o ataque dos Estados Unidos contra o Irã, vai conversar com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para se informar dos detalhes da operação norte-americana.
> Tensão mundial cresce após ataque dos EUA contra Irã
“Tive algumas informações ontem (2) à noite, de madrugada. Vou me encontrar agora com o general Heleno para me inteirar do que realmente aconteceu. Daí por diante, emitir o meu juízo de valor”, disse Bolsonaro.
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O presidente também afirmou que este ataque tem potencial de interferir no preço do combustível no Brasil. O preço do petróleo já aumentou 4% na Ásia, chegando a $ 68,90 o barril tipo brent. O Irã e o Iraque estão entre os principais produtores mundiais de petróleo.
Bolsonaro disse que não pode tabelar os preços, pois essa política já foi tentada na Brasil e não deu certo. “Que vai impactar, vai. Agora, vamos ver nosso limite aqui. Porque, se subir, já está alto o combustível, se subir muito complica. Agora, o que eu gostaria que vocês fizessem é que mostrasse para o povo duas coisas: primeiro que eu não posso tabelar nada. Pediram para tabelar carne. Já fizemos essa política de tabelamento no passado e não deu certo”, disse o presidente.
Após os Estados Unidos ter confirmado a autoria do ataque que matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Solemani, na última quinta (2), o preço do petróleo subiu, manifestações tomaram conta das ruas do Irã e a tensão mundial cresceu. O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou que irá resistir aos Estados Unidos e prometeu vingança.
“O martírio de Soleimani tornará o Irã mais decisivo para resistir ao expansionismo americano e defender nossos valores islâmicos. Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região se vingarão”, disse Rouhani.
Tempos atrás a Argentina resolveu apoiar os israelenses e americanos nos conflitos contra o Irã. Resultado: Dois atentados a entidades de Israel em território argentino, e um clima de pânico que se alastrou sobres os argentinos por um bom tempo.
São raros os atentados por questões étnicas na América do Sul, e raríssimos quando por questões do Oriente Médio. Deve-se a este fato a neutralidade dos países sul-americanos em conflitos alheios, cujo histórico configura-se em Estados não beligerantes. Totalmente desprotegidos e incapazes de resolver conflitos internos, quiça os externos, não dispomos de nenhum aparato, verba ou experiência para lhe dar com o terrorismo.
Nossa neutralidade, além de paz, garante vantagens político-econômicas de suma importância, visto que somos um País sustentado nas commodities que vende tanto para girondinos como jacobinos. Temos acordos comerciais com o Mundo todo e nunca houve se quer uma Nação que impusesse ao Brasil a escolha de um lado. Cabe ao Brasil afirmar a autodeterminação dos Povos, respeitar as leis internacionais, prezar pela imparcialidade e, sobre tudo, manter-se neutro em suas declarações oficiais, pois quando se trata de Estado, palavras são atos, por mais idiotas e tosca que elas possam ser.
Ora, “juízo de valor” de quem não tem nada de valor, esdruxulo. Vá se catar bolsoimbecil.