Guilherme Mendes, especial para o Congresso em Foco
Deltan Dallagnol, que coordena a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, irá deixar o cargo. Em comunicado nesta tarde de terça-feira (1), o Ministério Público Federal do Paraná afirma que o procurador deverá se afastar do grupo que participa desde seu início, em 2014, para cuidar da saúde de familiares.
O MPF também anunciou que o procurador Alessandro José Fernandes de Oliveira assumirá o lugar de Deltan na liderança do grupo de trabalho. Segundo o órgão, Alessandro é procurador há 16 anos, e desde 2012 é procurador da República no Paraná. O novo coordenador é membro da força-tarefa desde 2018. A biografia completa do novo coordenador, fornecida pelo MPF, pode ser lida na íntegra aqui.
Por nota, o MPF manifestou agradecimento a Deltan Dallagnol. A procuradora-chefe do MPF no Paraná, Paula Cristina Conti Thá, afirmou que “Deltan honrou o estado do Paraná permitindo que pudéssemos assumir uma posição de destaque no combate à corrupção, o que muito nos orgulha” e deseja sucesso na continuidade de seus desafios pessoais e profissionais.
Leia também
A procuradora-chefe também enalteceu Alessandro José Fernandes de Oliveira, que “corajosamente aceitou o desafio de coordenar a operação”. Por fim, a administração da Procuradoria da República no Paraná reforça que seguirá apoiando o trabalho da força-tarefa Lava Jato, como “vem fazendo há mais de seis anos”.
Desde o ano passado, Deltan trava uma batalha no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para se manter no controle do grupo de investigação. Na semana passada, o colegiado arquivou uma denúncia contra o procurador por, em 2016, ter feito uma apresentação de power point onde definia o ex-presidente Lula como um chefe de organização criminosa.
Para os procuradores do Ministério Público que analisaram o processo, a denúncia apresentada por Lula prescreveu e deveria ser rejeitada.
>Celso de Mello suspende processos contra Deltan Dallagnol
No Supremo Tribunal Federal (STF), a discussão é relativa a outros processos envolvendo Deltan no CNMP. O procurador já pediu que a suprema corte tranque as ações contra ele no Conselho – incluindo uma onde foi acusado de fazer campanha contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL), durante a eleição para presidente do Senado em 2019. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo para que a corte permita que o julgamento de processos envolvendo o procurador no conselho administrativo sejam mantidos.
O anúncio de afastamento de Deltan ocorre há poucos dias do que pode ser o fim do prazo de validade da força-tarefa caso o procurador-geral da República, Augusto Aras, não prorrogue o funcionamento da força-tarefa, esta para de existir já no dia 10 de setembro.
Para demonstrar apoio à Lava Jato, uma série de carreatas está planejada para este domingo (6), em 19 cidades espalhadas por 11 estados. A manifestação é organizada pelo movimento Vem Pra Rua.
>Com operação sob ataque, apoiadores da Lava Jato organizam manifestação
O governo do Bozo consegue o que nem o petralhismo conseguiu, destruiu a lava jato e sergio moro, vergonha e nojo
A bandidagem comemora e agradece, viva a cleptocracia brasileira.
Venceram os corruptos. No Brasil o crime compensa