O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, recusou o convite para participar do ato virtual do movimento “Direitos Já!”. O evento vai reunir por videoconferência nesta sexta-feira (26) líderes políticos, empresários e artistas de diversas ideologias.
Estão previstas as participações de nomes como Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT, Marina Silva (Rede) e Luciano Huck. Santos Cruz também aparecia em uma lista de personalidades confirmadas no evento, divulgada por organizadores do ato.
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Em entrevista ao Congresso em Foco, o general disse que não vai participar e afirmou não ser necessária a construção de uma frente ampla pela democracia. “Acho que não precisa de frente ampla nenhuma. Na democracia, coligações se formam naturalmente, seja em torno de assuntos, de projetos, ou em período eleitoral.”
Santos Cruz afirmou não ver risco para a democracia no momento atual. “Não vejo risco nenhum para a democracia no Brasil. Precisa de aperfeiçoamento, dentro do princípio de melhoramentos constantes, pois a democracia é dinâmica”.
O ex-ministro participou há duas semanas de um debate promovido pelo “Direitos Já!”, no qual também estiveram Marina Silva, Luciano Huck e o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
“Eu decidi participar por que é uma oportunidade para dizer o que eu penso. Também é interessante para saber como as outras pessoas pensam. E também não existe problema nenhum de participar de eventos com pessoas que pensam de modo diferente”, declarou.
E completou: “acho que a discussão num ambiente com pessoas que têm diferentes opiniões é mais interessante do que a conversa fechada no grupo que pensa de maneira igual”.
O militar acredita que o debate político não está limitado entre os grupos políticos do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O Brasil é muito maior do que essa tentativa de polarização entre o PT e o presidente Bolsonaro. Isso é uma ideia limitada, medíocre. O Brasil tem mais opções de pessoas, de partidos, de ideias, de projetos. Acho que não precisa frente ampla nenhuma. Na democracia, coligações se formam naturalmente, seja em torno de assuntos, de projetos, ou em período eleitoral. Isso é normal”.
Santos Cruz foi ministro da Secretaria de Governo de janeiro a junho de 2019. Ele virou alvo da militância bolsonarista após defender a adoção de critérios técnicos para distribuição de recursos públicos entre veículos de comunicação. Atacado nas redes, acabou demitido do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.
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Os únicos que colocam a democracia em risco são os esquerdistas.
Isso vai ser um comitê do choro dos derrotados. Melhor mudar de nome para Acabou Chorare. Somos 15%