— É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal. Eu acho lamentável — disse Lindbergh Farias (PT-RJ), que atribuiu a rejeição a disputas entre partidos.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também lamentou a rejeição. Ele lembrou que a indicação não se deu por razões políticas e que Patriota é um diplomata de carreira.
— Eu lamento muito que tenhamos usado a soberania desta maneira. Considero que foi um equívoco — lamentou.
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Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por sua vez, comemorou a rejeição. Para ele, o fato mostra que o Senado não existe apenas para dar uma chancela às decisões do Executivo. O senador elogiou o fato de a Casa ter despertado para a importância das sabatinas e afirmou que a rejeição se deu em razão das respostas do indicado na última semana na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
— A sabatina não é um mero ato protocolar, não é um rito de passagem, muito menos é uma ação entre amigos. A sabatina serve para que o sabatinado possa revelar à República a sua forma de pensar e nas respostas que foram dadas pelo sabatinado na última quinta-feira na comissão de Relações Exteriores ficou patente que ele poderia melhor representar a Venezuela que o Brasil — afirmou.
Para ele, o Senado apenas exerceu sua função de forma autônoma, independente e democrática. O papel do Senado também foi lembrado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros.
— Se as aprovações fossem automáticas, nós não precisávamos fazer sabatina e apreciar no Plenário — lembrou.
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