O crescimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2006 ocorreu no mesmo período em que o governo elevou os gastos com publicidade. Entre 1º de janeiro e 23 de fevereiro, o Executivo empenhou R$ 52 milhões na divulgação de ações do governo. Nesse intervalo, os institutos Sensus e Datafolha apontaram o petista cerca de 10% a frente dos possíveis adversários na disputa eleitoral.
No mesmo período de 2005, os gastos de publicidade do governo foram de R$ 212 mil, cerca de 0,5% do total empenhado este ano, segundo informou o jornal Estado de S.Paulo desta segunda-feira. A despesa com propaganda em 2006 é quase o equivalente aos R$ 55 milhões gastos pelo governo em todo o ano passado.
Apesar da coincidência, o Planalto nega que as últimas ações do governo sejam de cunho eleitoreiro. Há oito meses das eleições, Lula ainda não anunciou se será ou não candidato à reeleição, embora a oposição acuse-o de estar em plena campanha.
Em 1997, quando estava na briga por um outro mandato, o então presidente Fernando Henrique Cardoso também abriu o cofre para a publicidade institucional. Gastou cerca de 40% a mais que nos meses anteriores.
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