Rodolfo Torres
Mantendo o espírito crítico inerente à arte, músicos ocupam a Câmara nesta quarta-feira (21) para pedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 98/07, conhecida como PEC da Música, que dá isenção fiscal de até 25% para a produção e comercialização de discos e DVDs musicais. A intenção é baratear esses produtos para combater o comércio ilegal.
O vocalista e guitarrista do Barão Vermelho, Frejat, destaca que o Parlamento tem atendido a determinadas reivindicações da classe musical. Contudo, o músico considera que a classe política é, de uma forma geral, “pouco comprometida com o público”.
Filho do ex-deputado federal José Frejat, o artista explica que se pai o ensinou que a política é a arte da mediação dos conflitos sociais. “Antigamente, as exceções eram os ruins. Agora, as exceções são os bons. O quadro se inverteu.”
Guitarrista do Raimundos, Digão explica que o Congresso “tem os bons e os ruins”. “Não vou generalizar, tem aquela galera que trabalha. Aqui é o liquidificador geral… É complicado”, afirma.
Críticas à parte, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que a PEC dos Músicos pode ser apreciada ainda na sessão desta quarta. (leia mais)
Para o autor da proposta, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a PEC se apresenta como “um brado em defesa da cultura nacional, (…) diante da avalanche cruel de pirataria e da realidade inexorável da rede mundial de computadores (internet)”.
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