O ex-deputado era formado em Economia pela Universidade Católica de Pernambuco, onde também deu aula nos anos 1970. Nesse período, engajou-se na resistência à ditadura e, em razão dessa militância, foi preso e torturado pelo regime militar em 1972.
Pedro Eugênio de Castro Toledo Cabral se destacou no Congresso, entre outras funções, como presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa (2012) e da Comissão Especial da PEC do Orçamento Impositivo (2013), além de vice-presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara (2014). Em 2012, ele também foi o relator do Procultura, programa que estabelece regras para o financiamento do setor cultural.
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Pedro Eugênio também foi secretário de Fazenda e Planejamento do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1987), bem como deputado estadual eleito pelo PSB em 1994 e, em 1998, para a Câmara. Em 2006, voltou à Casa já pelo PT, tendo sido reeleito em 2010.
Nas eleições municipais de 2012, disputou a Prefeitura de Ipojuca (PT) pelo PT, mas ficou em quarto lugar naquele pleito (2.981 votos, ou 5,85% do total).
O velório está previsto para a manhã desta quarta-feira (22) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana de Recife. No mesmo local, o corpo de Pedro Eugênio será cremado em cerimônia reservada aos familiares. Ele deixa viúva – a engenheira química Carminha, com quem casou em 1973 –, duas filhas e um neto.
Pesar
Em notas de pesar, petistas e políticos pernambucanos manifestaram solidariedade à família de Pedro Eugênio tão logo foi divulgada a notícia da morte. Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) disse que Pedro Eugênio era “quadro qualificado” da política pernambucana e “sempre se destacou nas funções públicas que exerceu, em nível estadual e nacional”. “Quero apresentar minhas sinceras condolências aos seus familiares e aos seus companheiros da sua longa militância social e política” ”, acrescentou o governador.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) disse lamentar “profundamente” a morte do “amigo e companheiro”, que impõe “momento de luto” ao partido em Pernambuco. Costa diz que o correligionário, “mesmo nos momentos mais difíceis, nunca perdeu o bom humor e nem sua capacidade de resistir e lutar”. “Perdemos um dos maiores quadros do nosso partido no Estado e no país. Sua atuação política sempre foi pautada pela ética e pela dedicação às causas daqueles que mais precisam. […] Ele deixa uma lacuna na política e uma saudade enorme”, resignou-se o senador.
Já a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que está de saída do partido, disse que o ex-colega era “competente, determinado, conciliador”. “A cultura perde um grande parceiro e apoiador; o PT um grande quadro. Meus sentimentos à família de Pedro Eugênio”, disse a ex-ministra da Cultura.
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