“Houve um entendimento de que, pelo momento de dificuldade e pelo fato de nos últimos dois anos, que também foram difíceis, nós termos conduzido a bancada, seria interessante que alguém com mais experiência pudesse fazer esse trabalho. Aí não pude me furtar de assumir essa responsabilidade”, justificou.
Humberto Costa admitiu que se a votação sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) fosse hoje, não teria votos suficientes para aprová-la no Senado, mas, para ele, o PT é o menor problema nessa questão. “A bancada absorve razoavelmente bem. Outras bancadas [da base aliada] é que têm mais dificuldade, e eu hoje diria que não temos votos para aprovar a matéria”, afirmou.
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Apesar dos pedidos da presidenta Dilma Rousseff e da equipe econômica do governo para a recriação da contribuição, o líder lembrou que não houve a regulamentação da repatriação de ativos, que pode trazer uma receita importante e, quem sabe, diminuir a necessidade da CPMF.
A nova legislação, sancionada no mês passado, permite que dinheiro, com origem lícita, de pessoa física ou jurídica, que tenha sido transferido ou mantido no exterior, sem ter sido declarado oficialmente, ou declarado com omissão ou incorreção, possa ser regularizado com recolhimento dos tributos aplicáveis e multa.
Sobre a proposta de uma reforma da Previdência, Humberto Costa disse que o apoio da base dependerá do que o Executivo vai defender. “Depende de qual é a reforma e de quando ela vai passar a valer. O que nos estamos advogando é que qualquer decisão que o governo tome, seja resultado de uma ampla discussão do Fórum sobre a Previdência Social e também com a sua base aqui no Congresso”, avaliou.
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