Renata Camargo
O Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária informou neste domingo (17) que, até o momento, 70 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros resultantes do terremoto que atingiu o Haiti na última terça-feira (12). O número remete aos sobreviventes encontrados na capital do país, Porto Príncipe, onde 70% das construções foram destruídas.
Segundo informações do escritório, mais de 60% da área destruída já foi rastreada pelas equipes de resgate. “É um número recorde de pessoas encontradas com vida após um terremoto. E não está perdida a esperança de encontrar mais sobreviventes”, disse Elizabeth Byrs, porta-voz da Ocha, de acordo com matéria da Agência Brasil. De acordo com a porta-voz, é possível localizar pessoas com vida até seis dias depois do terremoto. Hoje é o quinto dia após a tragédia.
Mais de 40 equipes de salvamento estão trabalhando para localizar mais vítimas entre os escombros. Na avaliação do escritório das Nações Unidas, o problema mais grave no momento é a falta de equipamentos e equipes médicas para atender os feridos. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) já havia levantado essa preocupação.
Um dos impasses para a chegada mais rápida de ajuda ao Haiti é o excesso de tráfego aéreo na capital Porto Príncipe. Voos com donativos e equipes de médicos e outros profissionais estão com dificuldades de pouso no aeroporto. A MSF chegou a denunciar que a dificuldade de pousar no solo haitiano impossibilitou a instalação de um hospital de campanha para socorrer as vítimas.
O controle aéreo está sob comando de autoridades norte-americanas. Alguns aviões brasileiros com ajuda humanitária tiveram dificuldade de pousar em Porto Príncipe na última sexta-feira (15), o que levou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a ligar para a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, para pedir ajuda para resolver o “mal-entendido”.
Segundo a Agência Brasil, autoridades haitianas calculam que mais de 100 mil pessoas morreram vítimas do terremoto. De acordo com a Cruz Vermelha Internacional, mais de 3 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia.
Com informações da Agência Brasil.
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