O governo equatoriano disse hoje (22), segundo a agência Efe, que "deplora" a decisão do Brasil de convocar para consultas seu embaixador em Quito. O chanceler Celso Amorim tomou a decisão depois que o governo equatoriano apresentou um processo de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional em Paris para barrar o pagamento do empréstimo feito pelo país vizinho junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"O governo equatoriano deplora a decisão adotada pelo governo do Brasil de convocar para consultas seu embaixador no Equador, Antonino Marques Porto", afirma em nota a chancelaria equatoriana.
"A controvérsia com o BNDES deve ser resolvida pelas vias jurídicas estabelecidas pelos dois países, de acordo com os convênios existentes entre o Estado equatoriano e a companhia privada envolvida, sem que esta situação afete as relações das duas nações", completa o o texto.
O banco estatal brasileiro fez um empréstimo de US$ 286 milhões para a construção da hidrelétrica de San Francisco, sob a concessão da construtora Odebrecht. A empresa brasileira foi expulsa do Equador no dia 22 de setembro. O ato aconteceu , segundo o governo de Rafael Correa, por que a Odebrecht não teria feito reparos na obra. (Lúcio Lambranho)
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