Mário Coelho
Os deputados distritais escolhem na tarde desta quarta-feira (27) o novo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que vai comandar a Casa até o fim do ano. Com a renúncia de Leonardo Prudente (sem partido) na última segunda-feira (25), por conta das denúncias de participação no mensalão do governador José Roberto Arruda (sem partido), o cargo ficou vago. Até o momento, a posição é ocupada interinamente pelo oposicionista cabo Patrício (PT), vice-presidente da Câmara.
A eleição foi convocada ontem por Patrício. A partir da publicação da renúncia de Prudente no Diário Oficial da Câmara, ele tinha sete dias para marcar o novo pleito. Prevista para as 15h, a eleição ainda renderá muita discussão nos bastidores. Por enquanto, os deputados governistas ainda não se entenderam. Dois deputados colocaram seus nomes abertamente: o primeiro secretário, Wilson Lima (PR), e Batista das Cooperativas (PRP). Caso Lima seja eleito, a primeira secretaria fica vaga. Nessa caso, o acordo já está fechado. Batista assume a primeira secretaria da Mesa Diretora.
Porém, outros nomes são colocados como prováveis candidatos. O mais forte deles é de Eliana Pedrosa (DEM). Publicamente, a distrital não confirma sua candidatura. Assessores dizem que ela só se definirá hoje sobre o que fazer. Entretanto, Eliana já buscou apoio de deputados ligados ao ex-governador Joaquim Roriz para viabilizar sua indicação. O que pesa contra ela é o próprio governador. Apesar de ter sido secretária de Desenvolvimento Social de Arruda, Eliana não tem a confiança do chefe do Executivo.
Na tentativa de marcar uma posição, o PT também vai lançar um candidato. A bancada deve indicar o atual vice-presidente Cabo Patrício. O distrital Chico Leite é o outro cotado para se candidatar à posição. A candidatura tem poucas chances, devendo levar quatro dos cinco votos da oposição. José Antonio Reguffe (PDT) está viajando desde a semana passada.
Além de escolherem o novo presidente, os deputados também decidirão a nova composição das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e especial. As duas têm o objetivo de analisarem os três processos de impeachment que tramitam na Casa contra o governador Arruda. A primeira estuda a admissibilidade e a segunda o mérito.
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