O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de peculato e corrupção passiva. Irmão de criação do governador, Vinícius Sarciá, que foi nomeado na Agência de Fomento do Rio, também foi indiciado pelos mesmos crimes. Com isso, Cláudio Castro tornou-se o sétimo governador do Rio de Janeiro a ser alvo de investigação.
Segundo revelou o UOL, o relatório final da PF foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início de julho e está sob sigilo. O relator do caso, ministro Raul Araújo, encaminhou o inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR) para analisar a materialidade das denúncias. Até o momento, a Procuradoria ainda não devolveu o processo à Corte.
A PF argumenta que o governador recebeu propina e desviou recursos de programas do governo durante o mandato.
Lista extensa
Antes do indiciamento de Cláudio Castro, outros seis governadores do Rio de Janeiro foram alvos de investigação: Luiz Fernando Pezão, Sérgio Cabral, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Moreira Franco e Wilson Witzel. Desses, apenas o último não foi preso.
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Dos ex-governadores do estado que estão vivos, apenas dois não foram presos: Benedita da Silva e Nilo Batista, vice-governadores que assumiram o lugar de Garotinho e Leonel Brizolla, respectivamente.
Em 2020, Wilson Witzel foi afastado do cargo por irregularidades e desvios na área de saúde do governo. Antecessor dele, Luiz Fernando Pezão foi preso em 2018 por abuso de poder político e econômico no contexto das eleições de 2014 para beneficiar sua campanha.
Sérgio Cabral, governador eleito em 2006 e reeleito em 2010, foi condenado a mais de 400 anos de prisão em 23 processos, suspeito de receber propina. Em liberdade desde fevereiro do último ano, quando a Justiça revogou a prisão domiciliar, o ex-governador ainda cumpre medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
O casal Rosinha e Anthony Garotinho foi preso junto em 2017 por crimes eleitorais. Além desses crimes, o ex-governador foi acusado por corrupção e participação em organização criminosa.
Governador de 1987 a 1991, Moreira Franco foi preso em 2019 em um desdobramento da Operação Lava Jato, que revelou negociação de propina em obras relacionadas à usina Angra 3.
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