O deputado Carlos William (PMDB-MG) afirmou hoje que vai recorrer da decisão da Secretaria-Geral do Senado que prorrogou a CPI dos Correios até abril de 2006. William, que ameaça ir à justiça, foi um dos que tentaram, sem sucesso, retirar sua assinatura do requerimento de adiamento dos trabalhos. “Quero que minha vontade seja preservada”, disse.
O deputado, sub-relator da comissão para analisar o Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB), havia assinado o pedido para estender as investigações na terça-feira passada. Na quinta-feira, porém, ele disse que decidiu seguir a orientação do líder do PMDB, Wilson Santiago (PB), e recuou.
Segundo o deputado, naquele dia, ele se dirigiu à liderança do partido e, às 17h10, assinou um outro requerimento, solicitando a exclusão de seu nome da lista. O prazo para a contagem dos nomes terminou à meia-noite de quinta-feira. Os líderes que coordenavam a investida do governo pelo fim da CPI foram à Secretaria-Geral do Senado com a decisão de Willliam e tiveram uma surpresa. A oposição, segundo ele, decidira guardar sua assinatura como reserva técnica. Ou seja, o governo queria tirar uma assinatura que não existia. Às 23h59, segundo relato de William, o líder do PSDB, Alberto Goldmann (SP), incluiu então o nome do deputado mineiro.
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“Não tenho culpa desses joguetes. Quando assinei, estava convicto que seria melhor estender o prazo. Mas o líder do meu partido me informou que havia um consenso, à exceção do PFL e do PSDB, de encerrar a CPI em dezembro. Achei a idéia boa e pedi a retirada do meu nome”, disse, o deputado, ressaltando que, se não obtiver êxito, irá à Justiça.
Por uma assinatura, os trabalhos da CPI foram prorrogados por 120 dias.
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