A defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso há cerca de dois meses, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo telefônico de Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
O advogado do petista, Antônio Figueiredo Basto, quer saber se Bernardo, autor da gravação que levou Delcídio à cadeia, manteve contato com procuradores da Operação Lava Jato antes da prisão do parlamentar. A informação foi publicada nesta quarta-feira (20) pela Folha de S. Paulo.
O advogado sustenta que a prisão de Delcídio se deu por “meio enganoso de prova”. “Isso ocorre quando infiltram uma pessoa para te provocar e gravar o que você diz, atacando o direito ao silêncio. O áudio foi feito sem autorização judicial e por uma pessoa que sequer é parte no processo”, argumenta Basto.
Além disso, a defesa de Delcídio pedirá que a ação penal não seja aceita e que a prisão do congressista seja revogada. O senador petista, que era líder do governo no momento da prisão, foi detido após a gravação de um áudio no qual ele sugere ter influência sobre ministros do STF e trata de uma eventual rota de fuga para Nestor Cerveró.
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