Laís Garcia |
Talvez não seja necessário ir até um restaurante para tomar decisões importantes. Pode ser que no cafezinho tudo se resolva. Há vários pontos estratégicos de café no Congresso, mas talvez o mais famoso deles seja o que fica logo atrás do Salão Verde, onde há mesinhas para sentar e conspirar, ou apenas ler um jornal que está perdido ali por perto. Outro célebre café é o do plenário do Senado, que exige credencial para ser freqüentado. Ali, regados a café e sucos, senadores se deliciam com intrigas e servem de bandeja informações sobre desafetos políticos aos jornalistas. “O prato preferido pelos senadores é queijo e presunto cortado em cubinhos”, revela Natan Alves Moreira, que “administra e coordena” as atividades dos outros funcionários que se ocupam do cafezinho, além de servir os senadores e seus convidados. De acordo com o regimento interno do Senado, só eles têm direito a usufruir – e gratuitamente – dos quitutes da cafeteria. Leia também Publicidade
Na falta de um tempo para um simples café, valem outras estratégias menos comuns para matar a fome. Dono de um dos discursos mais ácidos contra o governo Lula, o líder do PSDB, senador Artur Virgílio (PSDB-AM), é viciado em barrinhas de cereal, que carrega a tira-colo para as comissões e as reuniões de bancadas. O seu principal adversário na tribuna, o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), aprecia uma alimentação mais saudável. Quando não pode sair de comissões ou do plenário para almoçar, sempre pede uma sopinha para enganar o estômago. Publicidade
A encomenda é preparada por ajudantes no próprio gabinete e entregue aonde ele estiver. Fora do Congresso, Mercadante oscila entre comida vegetariana, geralmente saboreada no restaurante Oca da Tribo, ou “carnívora”. O petista pode ser visto numa das churrascarias mais caras da capital federal, o Porcão, onde o rodízio sai a R$ 53,90 por pessoa. |
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