Mário Coelho
Cerca de 30 manifestantes voltaram a encher a galeria da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na tarde desta terça-feira (15). A manifestação pacífica, porém, durou pouco. Uma parte dos estudantes que estava nas galerias resolveu sair da Câmara num determinado momento e foram proibidos de voltar. Reagiram, então, contra os seguranças, começando um novo empurra-empurra. Cerca de 20 policiais militares guardam agora a entrada da Câmara para evitar novos tumultos.
Membros de partidos de esquerda, estudantes e de movimentos sociais entraram nas dependências da Casa após autorização do presidente em Exercício da Câmara, Cabo Patrício (PT). Desde a última terça-feira (8), a galeria e o auditório estão interditados para realização de perícia para avaliar se houve danos ao patrimônio na ocupação de seis dias dos estudantes.
Até a tarde de hoje, a entrada de pessoas na Câmara vinha sendo rigidamente controlada. Além de deputados, servidores e jornalistas, só podia entrar quem fosse a algum gabinete. Já quem quisesse acompanhar os trabalhos da CLDF tinha a entrada proibida. A proibição contrariava decisão da própria Justiça. Na última terça-feira, o Tribunal de Justiça do DF (TJDF) concedeu habeas corpus, à pedido da Ordem dos Advogados do DF (OAB-DF), permitindo a entrada nos locais destinados à visitantes.
Com a entrada dos manifestantes, que se aglomeravam na entrada principal da CLDF, a sessão da tarde de hoje chegou a ser suspensa por 15 minutos. Neste momento, os distritais votam projetos do Executivo. Base e oposição ainda não chegaram a um consenso sobre a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2010. A possibilidade mais palpável é que ela seja analisada até amanhã. Isso atenderia às recomendações do governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), que deseja postergar a análise dos pedidos de impeachment e a instalação da CPI da Corrupção.
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