Fábio Góis
Em visita ao Congresso nesta quinta-feira (21), o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que está descartada a possibilidade de ser candidato a vice em uma chapa com o governador de São Paulo, José Serra, para as eleições presidenciais do próximo ano. “Isto é falácia. Não houve e não haverá este acordo”. Segundo Aécio, a hipótese da chamada chapa “puro sangue” está em descompasso com as características “pluripartidárias” de um país como o Brasil.
“É um equívoco uma partido achar que pode montar uma chapa puro sangue e vencer as eleições num país tão pluripartidário”, observou o tucano, que deve disputar prévias partidárias com José Serra para saber quem será o candidato do PSDB à sucessão do presidente Lula.
Defendendo a adoção de uma agenda pré-eleitoral mais moderada em relação ao governo petista, de maneira a evitar um discurso “anti-Lula”. “Defendo um discurso pós-Lula”, destacou, lembrando a importância de o PSDB se aliar ao partido com maior representação, tanto no Congresso quanto nos estados e municípios. “O PMDB é fundamental para a governabilidade e pode ser decisivo para as eleições.”
Para Aécio, os partidos da base de sustentação ao governo no Parlamento não necessariamente comporão a chapa do PT na campanha presidencial. “O presidente Lula é maior do que o PT.”
A respeito da reforma política à espera de deliberação na Câmara, Aécio disse apoiar a aprovação dos projetos que definem voto em lista fechada e financiamento público de campanha, e classificou como “anacrônico” o sistema eleitoral brasileiro vigente. Aécio disse ainda que, caso não haja entendimento acerca das matérias já para validade das normas em 2010, a saída seria aplicá-las nas eleições municipais de 2012.
O político tucano está em Brasília para acertar com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), detalhes para a cooperação em projetos do setor energético.
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