Nesta segunda-feira (31) começa o período das convenções partidárias que vão definir os candidatos nas eleições de 2020. As legendas têm até o próximo dia 16 de setembro para decidirem quem vão ser os candidatos a prefeito e vereador.
No primeiro dia de convenções, três partidos vão anunciar os seus escolhidos para a corrida pela prefeitura de São Paulo. O PSL vai lançar a deputada federal Joice Hasselmann, o PSD vai lançar o ex-ministro Andrea Matarazzo e o PRTB vai anunciar Levy Fidelix. O atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), vai ser confirmado candidato à reeleição no dia 12.
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A convenção do PSL está marcada para às 15 horas e vai ser presencial. O coordenador da campanha será o deputado Júnior Bozzella, vice presidente nacional do partido e presidente do diretório estadual de São Paulo, e o coordenador do plano de governo será o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra.
O nome do vice de Joice não deve ser anunciado no evento. O PSL trabalha com a ideia de escolher Cintra, mas como ele já é o coordenador do plano de governo, avaliam ser difícil isso acontecer. Outras opções são ouvir as indicações dos partidos da coligação (PTC, DC e PMN) ou um nome do próprio PSL, como o de Ivan Sayeg, um dos herdeiros da Casa Leão Joalheria.
Nas últimas semanas, deputados bolsonaristas intensificaram nas redes sociais uma torcida para que o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança fosse o candidato no lugar de Joice. Como forma de vencer essa resistência, a campanha de Joice avalia oferecer a vaga de vice a Luiz Phillippe, mas considera difícil ele aceitar.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou no domingo (30) a deputada Joice Hasselmann.
“É lindo ver a Pepa, rainha dos traíras, correndo atrás do apoio de Bolsonaro. Não adianta rastejar, quem vai te julgar é o povo de SP. Só quero que saia candidata para ver em quem vai botar a culpa pelo seu fracasso”, disse o terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo faz parte de um grupo de 17 deputados que foram suspensos das atividades partidárias pelo PSL. O motivo da punição é o fato de estarem participando da fundação de um novo partido, o Aliança Pelo Brasil.
Com a sanção, os deputados ficam proibidos de assumir cargos de líder, vice-líder e de ter voto em decisões internas da legenda, como na escolha para líder.
Com a dificuldade em formar a nova sigla, eles têm apelado a Bolsonaro para uma aproximação com o PSL e o fim das sanções partidárias impostas.
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Andrea Matarazzo
Já a convenção do PSD vai ser às 15h. Andrea Matarazzo foi ministro das Comunicação Social no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Faz parte de uma família tradicional paulistana e foi um dos quadros históricos do PSDB.
Saiu do partido em 2016 após a sigla escolher João Doria como candidato a prefeito. Participou do pleito daquele ano, já filiado ao PSD, como candidato a vice na chapa encabeçada por Marta Suplicy.
Amanhã, às 15 horas, o diretório municipal do Partido Social Democrático (PSD) realiza convenção para formalizar minha candidatura à Prefeitura de São Paulo. Também será definida a chapa de candidatos a vereador na capital.
— Andrea Matarazzo (@AndreaMatarazzo) August 30, 2020
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Tatú, Porca e Tucano. Acho que vai dar tucano de novo.