O quarto voo de repatriação de brasileiros em Israel partiu de Tel Aviv nesta sexta-feira (13), às 12h45 (horário de Brasília), com 207 passageiros, dois cachorros e dois gatos em direção ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Com a nova leva, a Operação Voltando em Paz, como foi batizada a missão de repatriação, chega a 701 pessoas repatriadas para o Brasil. A primeira viagem aconteceu na terça-feira, com 211 brasileiros a bordo. Planeja-se que até domingo (15) seja realizado mais um voo de resgate.
Ao chegarem no Brasil, à 1h da manhã deste sábado, de acordo com a previsão da Força Aérea Brasileira (FAB), os passageiros do quarto voo de resgate dirigem-se a 18 cidades nas cinco regiões do país. A maioria deles vai para São Paulo (118), 31 deles permanecem no Rio de Janeiro e os demais se deslocam para Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador, Natal, Manaus, Fortaleza, Recife, Ribeirão Preto (SP), Salvador, Vitória, Porto Seguro (BA), João Pessoa e Belém.
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Brasileiros na Faixa de Gaza
Além das missões de resgate de brasileiros em Israel, o governo também se mobiliza para repatriar cerca de 22 brasileiros que estão em Gaza. Para isso, as autoridades brasileiras dialogam com as autoridades locais para ajustar o uso do espaço aéreo dos países e estabelecer o cruzamento da fronteira terrestre com o Egito em segurança, para permitir o deslocamento para o Brasil.
A aeronave da Presidência da República para resgatar brasileiros que estão no lado palestino do conflito aterrissou em Roma, na Itália, às 10h25 (horário local) desta sexta-feira. O avião possui capacidade de 40 lugares, o suficiente para que cerca de 20 brasileiros voltem ao país após cruzarem a passagem de Rafah por via terrestre, mas ainda aguarda autorização para ir ao Egito.
Mortes de brasileiros
Nesta sexta-feira, o Itamaraty confirmou a terceira vítima brasileira no conflito entre Israel e o grupo Hamas. Karla Stelzer, carioca de 42 anos, estava desaparecida desde sábado (7). Ela e o namorado Gabriel Azulay estavam na rave Universo Paralello, que foi invadida por homens armados. Karla possuía nacionalidade israelense, morava há seis anos com o namorado e deixou um filho de 19 anos, que serve no Exército de Israel.
A primeira vítima identificada foi o gaúcho Ranani Glazer, de 24 anos, que estava desaparecido desde sábado. O jovem morava em Israel há sete anos e prestou serviço militar no país. Na ocasião, Glazer também estava no festival de música, realizado no sul de Israel, a 20 km da Faixa de Gaza.
A segunda vítima brasileira do conflito foi Bruna Valeanu, também de 24 anos. Nascida no Rio de Janeiro, a jovem cursava comunicação e marketing em Israel, onde vivia há oito anos. Assim como Ranani e Karla, Bruna estava na rave Universo Paralello na hora dos ataques do Hamas. Segundo dados da mídia local, 260 pessoas foram encontradas mortas no local do festival.
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