Trechos das alegações finais do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), no Incidente de Deslocamento de Competência (IDC), acusam a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge de agir por “capricho pessoal”, usar “argumentação falaciosa”, provocar “balburdia processual”, basear-se em “disse me disse” e trazer “prejuízos incomensuráveis” ao caso do duplo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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O documento com a críticas à Dodge, foi aberto pela ministra Laurita Vaz, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), realizado em 17 de setembro do ano passado, às vésperas da saída da ex-PGR do cargo.
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Na peça, a promotora Simone Sibilio, chefe da investigação do caso e coordenadora do Grupo de Ação e Repressão contra o Crime Organizado (Gaeco), do MP-RJ, afirma que Dodge prejudicou o processo. O documento com as alegações corre em segredo de Justiça e foi obtido pelo portal de notícias G1.
Conflito de análises
O processo, que analisa se toda a investigação deve sair da esfera estadual e ir para a federal, tramita em segredo de Justiça. Na visão da PGR, há uma “possível má conduta policial” no Rio de Janeiro e “vestígios da falta de isenção das autoridades encarregadas da investigação, que podem explicar a dificuldade em elucidar os homicídios”. O órgão afirma que “manter a investigação no âmbito estadual, no contexto já provado, pode consagrar o desrespeito às obrigações internas de garantia aos Direitos Humanos”.
Já na análise do MP do RJ, tudo não passa de “um interminável disse me disse” ou “fofocadas de corredores penitenciários” que “materializam um capricho pessoal da ex-PGR”.
Marielle?? quem é marielle??