O novo ensino médio, proposta de mudança educacional gestada no governo Jair Bolsonaro não será revogado. Foi o que afirmou Lula durante café da manhã nesta quinta-feira (6) com jornalistas no Palácio do Planalto. A proposta, que visava permitir aos alunos escolher matérias de acordo com suas preferências, teve sua implementação suspensa pelo ministro da Educação, Camilo Santana, por 60 dias. Lula disse, porém, que isso não significará a sua revogação.
O modelo proposto pelo governo anterior vem sendo criticado por especialistas em educação. A principal crítica é que, ao ampliar a grade de matérias para diversificar as escolhas dos estudantes, ele seria de difícil implementação, especialmente no ensino público. Uma situação que aumentaria o fosso social: escolas particulares disporiam das novas disciplinas, mas não as escolas públicas.
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Segundo Lula, a recomendação que foi feita ainda pela Comissão de Transição na área de educação foi de que não houvesse a revogação do novo ensino médio, mas o aprimoramento da proposta. “A comissão pediu para continuar a proposta e aprimorar”, disse o presidente. “Então, não vamos cancelar”.
Lula afirmou, então, que a ideia é suspender por 60 dias para discutir com os vários setores ligados à educação caminhos para melhorar a proposta. “Vamos suspender até fazer um acordo que abrigue a todos e deixe a todos satisfeitos. Não será revogado”, afirmou.
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