A política externa e as viagens internacionais do presidente Lula são aprovadas por mais da metade dos brasileiros que têm conhecimento delas. É o que mostra pesquisa do Instituto Opinião encomendada pelo Congresso em Foco. A relação do país com outras nações é um dos principais pontos de inflexão do governo Lula em relação ao Bolsonaro, seu antecessor. De acordo com o levantamento, 56% concordam com a política externa e as missões oficiais do petista fora do Brasil. Desse percentual, 25% declararam concordar muito. Na outra ponta, 18,1% reprovam e 17,6% discordam muito.
O Brasil se isolou internacionalmente ao longo do governo Bolsonaro e tem adotado outra postura desde o início do ano, com reaproximação com outros países da América Latina e os chamados Brics (grupo de países em desenvolvimento composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Lula também retomou as relações com a Venezuela. Desde o início de seu mandato, o líder brasileiro passou cerca de 40 dias em viagens internacionais.
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“O governo Lula vem retomando uma agenda de compromissos, visando reconquistar uma posição de destaque e de relevância no cenário internacional. O Brasil tem peso na geopolítica e precisa usar da sua importância para garantir seus interesses e defender seus pontos de vista. A pesquisa reflete como os brasileiros apoiam essas ações e desejam que o país deixe de ser um pária na política externa”, avalia o diretor do Instituto Opinião, Arilton Freres. O sociólogo é o coordenador da pesquisa ao lado do estatístico Claudio Rui Santos.
Mais da metade dos entrevistados também entende que o Brasil não deve vender armas e munições para a Ucrânia enfrentar a Rússia na guerra entre os dois países. Para 51%, o presidente Lula agiu bem ao tomar essa posição. Outros 21,6% discordam da posição do atual governo brasileiro.
O Instituto Opinião ouviu 2 mil eleitores entre os dias 16 e 19 de agosto em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de confiabilidade para o resultado geral. As respostas foram coletadas por telefone por entrevistadores humanos. Foram feitos sorteios aleatórios na base de dados, sistemáticos, com critério de divisão geográfica, sexo, escolaridade e faixa etária.
A pesquisa também mostra a posição dos brasileiros em relação ao governo, ao Congresso, às polícias e ao caso das joias de Bolsonaro. Veja o relatório.
Abaixo, dados da pesquisa sobre a política externa:
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