Tenho me afastado das disputas políticas regionais por conta da dedicação absoluta ao mandato de deputado federal, que exige de mim cuidado com temas nacionais e assuntos de interesse do Amazonas que tramitam em Brasília, além da busca de recursos para ajudar os prefeitos a enfrentarem esse momento tão difícil. Ademais, essa responsabilidade nacional exige capacidade de diálogo com todos os setores.
Acontece que os últimos fatos ocorridos no nosso Estado exigem uma voz de moderação e um apelo de resgate da ordem institucional, que anda sendo colocada em xeque por uma relação conflituosa entre os Poderes e órgãos como o MPE e o TCE.
No momento que mais o povo do Amazonas precisa de unidade de ação entre as instituições, nós vivemos uma grave crise institucional que coloca em xeque o necessário diálogo tolerante, colaborativo e respeitoso entre as autoridades.
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A tensão entre os poderes e instituições faz mal ao Amazonas e aos amazonenses já tão sofridos pelas mortes, pela crise sanitária, econômica e social, decorrentes da pandemia do coronavírus.
Esses conflitos fazem nossas autoridades desperdiçarem energia quando precisam ser sinérgicas, ressaltam as divergências quando precisamos construir convergências, paralisam os poderes quando precisamos de ação e de respostas que atenuem o sofrimento da nossa gente.
As investigações sobre qualquer suspeita de desvio de conduta ou atos de corrupção devem ser tocadas com liberdade e independência pelos órgãos competentes e dentro dos estreitos limites da lei e da Constituição, com firmeza implacável contra qualquer desvio, mas sem invasão de competência e respeitando o contraditório e a ampla defesa.
O momento mais agudo da crise sanitária decorrente do coronavírus parece que vai passando e a retomada da economia para abrandar as graves consequências sociais exigirá muito de nós, homens públicos, que precisamos responder à altura o que espera de nós, o povo do Amazonas.
Da distância que tenho mantido das disputas locais, quero fazer apelo ao diálogo. Um apelo pra que os chefes do Executivo, Legislativo, Judiciário, Coordenador da Bancada Federal, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado sentem à mesa e restabeleçam o diálogo como instrumento de harmonia entre os Poderes.
Tenham certeza. É isso que o povo do Amazonas espera de nós.
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