O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro anunciou nesta sexta (7), em Brasília, mais dois nomes de sua equipe. Para a diretoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi escolhido o curitibano Adriano Marcos Furtado, atual superintendente da PRF no Paraná. Moro tem preenchido os principais cargos submetidos à pasta com nomes de sua terra natal (é natural de Maringá no norte do Paraná), com pessoas que fizeram carreira no Estado e tiveram o trabalho acompanhado pelo ex-juiz federal.
Outros “conterrâneos profissionais” de Moro foram nomeados nas últimas semanas. Maurício Valeixo, atual chefe da Polícia Federal (PF) no Paraná, assumirá a direção geral da corporação. Rosalvo Ferreira Franco, antecessor de Valeixo no cargo, comandará a Secretaria de Operações Policiais Integradas, cargo criado por Moro para balizar o trabalho das forças de segurança estaduais e federais.
Franco chefiou a PF do Paraná no início da Lava Jato, operação da qual Moro também recrutou a delegada Érika Marena, que fez as primeiras investigações sobre os doleiros que levaram às apurações sobre crimes na Petrobras. Érika, que posteriormente presidiu uma investigação na Universidade Federal de Santa Catarina (USFC) marcada pelo suicídio do reitor, Luiz Carlos Cancellier, ficará com o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI), área em que é especialista.
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O auditor Roberto Leonel, da Receita Federal, também atuou na Lava Jato, coordenando o repasse de informações financeiras e fiscais de investigados à força-tarefa da operação. Leonel comandará o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Hoje vinculado ao Ministério da Fazenda, o órgão passará aos cuidados da Justiça, segundo Moro.
O delegado da PF Fabiano Bordignon, que hoje chefia a PF em Foz do Iguaçu, estará à frente do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em 2019. Outro nome originário da PF paranaense comandará a Secretaria Executiva do ministério, o segundo cargo mais importante da pasta: Luiz Pontel, que trabalhou no Caso Banestado (operação de lavagem de dinheiro sobre o antigo banco estatal paranaense no início dos anos 2000), está hoje na Secretaria Nacional de Justiça.
Direção da PRF
Agente da PRF desde 1994, Adriano Furtado, de 43 anos, já esteve à frente das coordenações nacionais de Gestão de Pessoas e de Inteligência da PRF. Foi também chefe-de-gabinete da Direção Geral. A experiência nacional foi destacada por Moro. “A gestão dele é elogiada pelos pares e comandados. Habilitado, técnico, e com condições de fazer um bom trabalho”, disse o ex-juiz federal. Furtado comanda a PRF do Paraná desde 2016.
Defesa do Consumidor
Moro também revelou na tarde desta sexta (7), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), quem comandará a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor. O posto ficará com o advogado Luciano Benetti Timm. Doutor (2004) e Mestre (1997) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Timm é especialista em Direito contratual e empresarial e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Moro reconheceu não ser familiarizado com a área, mas expôs planos.
“Embora os Procons tenham tido uma atuação muito relevante para a proteção do consumidor, há uma intenção de atuar mais preventivamente, para evitar que isso seja pulverizado em inúmeros conflitos individuais. Representa ganho para o consumidor e para o fornecedor, e os custos de resolução dos conflitos diminui”, declarou.
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E agora o Moro, quando você vai abrir uma investigação sobre o filho de seu Chefe por ter movimentado mais de um milhão de reais como motorista na conta dele? O vai seguir protegendo os elites corruptos sempre?