O deputado Washington Quaquá (RJ), vice-presidente do PT, não compareceu ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (10) e, portanto, não votou pela manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado pela Polícia Federal de ordenar o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.
Por 277 votos favoráveis a 129 contrários, além de 28 abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou o parecer do relator Darci de Matos (PSD-SC), que recomendou a manutenção da prisão de Brazão, preso desde 24 de março por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O petista havia causado polêmica anteriormente, ao afirmar que era preciso ter “clareza” antes de culpar o parlamentar. “Não vou nem dizer que é inocente nem culpado. Não vi ainda provas cabais. Será uma surpresa negativa”, afirmou em entrevista um dia após a prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.
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O posicionamento causou rusgas no PT. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), inclusive, reiterou que a posição do vice não refletia a do partido. Tratava-se, segundo ela, de uma “posição isolada”.
Aquela, no entanto, não foi a primeira vez que o deputado saiu em defesa da família Brazão. Em janeiro, quando reportagem do Intercept apontou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e irmão de Chiquinho, como um dos mandantes do assassinato, Quaquá disse não crer na acusação.
“Conheço o Domingos Brazão de longa data, inclusive de campanhas eleitorais nacionais onde ele esteve do nosso lado. Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade”, disse.
A reportagem procou o parlamentar, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto e sujeito à atualização.
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