O líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem chances de ser eleita presidente da Casa, mas que para isso é necessário que consiga unir a bancada de 15 senadores do MDB em torno de seu nome.
“Para marcar posição nós podemos tentar ganhar com a Simone, quem sabe ela consiga os votos no MDB. Se ela conseguir todos os votos no MDB, tem chance. Nós não teríamos votos no MDB, por isso não lançamos [candidatura própria]. A Simone já disputou a outra [eleição para presidente do Senado], é um nome que já estava propondo a sua própria candidatura há um bom tempo”, afirmou ao Congresso em Foco.
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O partido de Alvaro Dias anunciou ontem (13) que apoia a candidatura de Simone. Apesar disso, dois senadores vão votar em Rodrigo Pacheco (DEM-MG). São eles Romário (Podemos-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES).
“O partido como sempre anuncia a recomendação do voto, mas respeita a posição individual, sempre foi assim em todas as matérias”, disse Alvaro Dias.
Sem contar com as dissidências, o bloco (MDB, Podemos e Cidadania) de Simone tem 27 senadores. Há também três senadores tucanos que a apoiam.
Já o grupo partidário (DEM, PSD, PP, PT, PDT, Pros, Republicanos, PSC e PL) que apoia Pacheco é formado por 41 congressistas, o que em tese já o tornaria eleito, mas pode haver dissidências nos outros partidos. No PSDB, o mineiro tem apoio de mais quatro senadores.
Da mesma forma que Simone sofre com as divergências no Podemos, senadores de partidos que estão com o mineiro também podem apoiar Simone. Um caso já confirmado é o do senador Esperidião Amin (PP-SC), que vai votar na emedebista em detrimento da decisão do partido.
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O senador de Santa Catarina comentou a decisão por meio de nota:
“Vou votar na Simone Tebet porque acho que o meu amigo Rodrigo Pacheco, sendo candidato do Davi Alcolumbre, não vai poder criticar, nem modificar legados com os quais eu não concordo. Por exemplo, a decisão tomada unilateralmente pelo presidente Davi Alcolumbre no final do ano, mandando simplesmente arquivar todos os processos e pedidos de impeachment aos ministros do STF. Outras questões necessárias e importantes para o Brasil precisam ser deliberadas, como o foro privilegiado, prisão em segunda instância, entre outras.”
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