O desmatamento na Amazônia atingiu em junho de 2021 uma área de 1.061,9 km², indicando o pior índice para o mês. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta sexta (6), o desmatamento atingiu uma área de 1.061,9 km². Ao todo, 8.712 km² foram devastados entre agosto de 2020 e 30 de julho deste ano. Trata-se do segundo pior desempenho desde o início da série do Deter-B, em 2015.
Em relação a última temporada (2019-2020), houve uma redução de 5%. De acordo com o Inpe, entre agosto de 2019 e julho de 2020, o número havia ficado em 9.216 km².
“Apesar da redução entre um ano e outro de 5%, seguimos em níveis altíssimos de desmatamento na Amazônia”, afirma o diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães. “Estamos em um momento crucial para o equilíbrio climático do planeta, e manter as florestas é a principal contribuição que o Brasil pode dar neste momento a esse desafio global.”
Na última segunda-feira (1), o vice-presidente Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia Legal, adiantou que a redução do desmatamento anual estaria em torno de 5%, com as novas ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) contra crimes ambientais. Segundo ele, a diminuição seria “muito irrisória”. A atuação dos militares da GLO deve ocorrer até 31 de agosto.
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“Se o senado aprovar o PL da Grilagem, estará estimulando o desmatamento de áreas extremamente estratégicas para enfrentar a crise do clima e contribuirá ativamente para o colapso da Amazônia, seguindo na direção oposta dos esforços necessários globalmente para a redução de emissões de gases do efeito estufa”, comenta Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace Brasil.
A Amazônia Legal abrange oito estados: Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, o que corresponde a 59% do território brasileiro.
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