Exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro para votar favorável à reforma da Previdência, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, negocia a inclusão de regras brandas de aposentadoria para as forças de segurança, como policiais militares, federais, rodoviários e bombeiros.
Na Câmara, uma emenda do Podemos, partido que compõe a chamada bancada da bala, apresentou um destaque para suprimir a idade mínima de 55 anos. Dessa forma, esse texto seria retirado do artigo da reforma sem a possibilidade de alteração na redação da Proposta de Emenda à Constituição 06/2019.
Pressionado pela categoria, o partido mudou de estratégia: trocou a emenda supressiva por uma aglutinativa, que permite reescrever o texto que trata da aposentadoria dos policiais. Assim sendo, vai sugerir a idade mínima de 53 para profissionais de segurança do sexo masculino e 52 para as mulheres.
Além da idade mínima, o acordo costurado com as lideranças partidárias prevê a integralidade da aposentadoria policial, o último salário recebido, a paridade com os servidores da ativa e a pensão integral para a família dos policiais.
Nesta quinta-feira (10), Bolsonaro sugeriu a retirada do grupo do texto principal da reforma, que será votado pela Câmara, para incluí-lo em projeto de lei complementar. Segundo o presidente, a categoria dos policiais “nunca teve privilégios” e é possível ainda “desfazer possíveis injustiças”.
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a tentativa de Bolsonaro e da bancada da bala em suavizar as regras para a aposentadoria de policiais na reforma da Previdência. Segundo Maia, a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria é “uma boa idade”. “Se o brasileiro mais simples pode contribuir, a polícia também pode. Cinquenta e cinco anos é uma boa idade, pelo amor de Deus”, disse.
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