Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar está ocupada, de acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE. É a primeira vez que isso ocorre desde o início da série histórica, em 2012. A pesquisa mostra os efeitos iniciais da crise provocada pela pandemia sobre os postos de trabalho. Entre março e maio, 7,8 milhões de postos de trabalho foram fechados no país. A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 12,9%, atingindo 12,7 milhões de pessoas.
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No trimestre móvel entre março e maio, o nível da ocupação caiu para 49,5%, queda de 5 pontos percentuais em relação aos três meses anteriores (54,5%) e ao mesmo período de 2019.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluídos os trabalhadores domésticos) caiu para 31,1 milhões, menor nível da série. O total ficou 7,5% abaixo (-2,5 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e 6,4% abaixo (-2,1 milhões de pessoas a menos) na comparação com o mesmo período de 2019.
PublicidadeVeja outras conclusões:
– A taxa de desocupação (12,9%) no trimestre encerrado em maio cresceu 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (11,6%) e 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%).
– A população ocupada (85,9 milhões) caiu 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e de 7,5% (7,0 milhões de pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2019. Ambas as quedas foram recordes da série histórica.
– A população subutilizada (30,4 milhões de pessoas) foi recorde da série, crescendo 13,4%, (3,6 milhões de pessoas a mais), frente ao trimestre anterior (26,8 milhões) e 6,5% (1,8 milhão de pessoas a mais) frente a igual período de 2019 (28,5 milhões de pessoas).
– A população fora da força de trabalho (75 milhões de pessoas) apresentou um incremento de 9,0 milhões de pessoas (13,7%) quando comparada com o trimestre anterior e de 10,3 milhões de pessoas (15,9%) frente ao mesmo trimestre de 2019.
– A população desalentada (5,4 milhões) registrou mais um recorde na série, aumentando 15,3% frente ao trimestre anterior e (10,3%) frente a igual período de 2019.
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