Um dos signatários do superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro protocolado nesta quarta-feira (30), o vice-presidente do PSL, deputado Junior Bozzella (SP), detalhou ao Congresso em Foco o clima no partido – já rachado – diante das últimas denúncias de corrupção no governo federal. “O combate foi para tirar o PT, não foi pra fazer um governo com menos corrupção, era SEM corrupção, essa era a proposta”, afirma.
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O deputado relata que parlamentares que até defendiam Bolsonaro com “unhas e dentes” andam mais resguardados e calados. “A gente percebe claramente que aqueles que eram mais incisivos ou que eventualmente reagiam e falavam: ‘Olha, que absurdo você falar que esse governo é corrupto’, estão colocando o rabo entre as pernas e ficando quietos”, diz.
Bozzella afirma que a sigla está em um processo claro de “desbolsonarização” e de distanciamento dos extremos e radicalismos. Em meio ao silêncio sepulcral de bolsonaristas “anestesiados”, o deputado acredita que, assim como fez com os ex-ministros Eduardo Pazuello e Ricardo Salles, mesmo diante de inúmeras crises, Bolsonaro manterá Ricardo Barros (PP-PR) por mais tempo como líder do governo na Câmara.
O parlamentar pede celeridade no processo de impeachment e alerta para o custo de manter o apoio do Centrão diante do agravamento das crises.
“Quanto mais acuado, mais desgastado, mais enfraquecido o Bolsonaro se encontrar, mais corrupção, mais caro vai custar para os cofres públicos. Além de custar a vida dos brasileiros, vai custar absurdos pros cofres públicos com o processo de corrupção que está em curso de forma escancarada através do governo Bolsonaro”, afirma.
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