Edson Sardinha
A coordenadora internacional da Pastoral da Criança, a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, morreu em decorrência do terremoto que devastou o Haiti ontem (12). A informação foi confirmada pelo gabinete do senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho da médica. Zilda, de 73 anos, era irmã do arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2006 por causa de seu trabalho social.
Ela também fundou e coordenava a Pastoral da Pessoa Idosa e representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
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O senador paranaense disse que acompanhará a missão brasileira, liderada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, que se deslocará ainda hoje para o Haiti.
Segundo Flávio Arns, ela havia viajado até o país da América Central para dar uma palestra sobre a Pastoral da Criança. No momento da tragédia, ela caminhava pela rua juntamente com o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, um dos quatro militares brasileiros mortos no terremoto que atingiu 7 graus na escala Richter.
Os outros três militares mortos, segundo o Comando do Exército, foram o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o soldado Antônio José Anacleto e o soldado Tiago Anaya Detimermani. Assim como o tenente, eles integravam o 5° batalhão de Infantaria Leve, em Lorena (SP). Atualmente, 1.266 militares brasileiros participam de uma missão de paz da Organização das Unidas no País (ONU) no Haiti, país mais pobre das Américas.
Exército confirma morte de militares brasileiros
O Exército também informou que há pelo menos mais cinco militares feridos: o tenente-coronel Alexandre José Santos; o capitão Renan Rodrigues de Oliveira; 3º sargento Danilo do Nascimento de Oliveira; o cabo Eugênio Pesaresi Neto e o soldado Welinton Soares Magalhães.
Zilda Arns era viúva desde 1978, tinha cinco filhos e nove netos. A médica recebeu diversos títulos e honrarias por causa de sua atuação social, como o prêmio “Heroína da Saúde Pública das Américas”, concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002; o Prêmio Social 2005 da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, e a Medalha “Simón Bolívar”, da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, em 2000.
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