O juiz Dalton Kita, da 5º Vara Federal de Mato Grosso do Sul, aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra 39 acusados de integrar a máfia desmontada pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal. O irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, não está entre os que agora serão processados, mas Dario Morelli Filho, compadre de Lula, sim.
Dario vai responder por contrabando, formação de quadrilha e falsidade ideológica. A PF também o acusa de corrupção ativa, já que seria, ao lado de Nilton Servo, um dos chefes do grupo que explorava jogos ilegais em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Rondônia. Os procuradores, contudo, pediram um aprofundamento das investigações para subsidiar essa acusação.
Os 39 acusados começam a prestar depoimentos à justiça na quinta-feira. O primeiro a ser ouvido será o ex-deputado estadual Nilton Servo, preso desde o dia 4 acusado de contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica. Em seguida, falarão os outros cinco denunciados que ainda estão presos. A fase de coleta dos depoimentos só deve terminar em agosto e as penas previstas para os acusados variam de 3 a 28 anos de prisão.
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Vavá
Dalton Kita remeteu o inquérito que apura o envolvimento do irmão do presidente Lula com o esquema para a Justiça Federal de São Bernardo do Campo (SP). O próprio Ministério Público Federal pediu que o caso fosse encaminhado para a cidade onde Vavá mora para que lá sejam investigadas as acusações de que ele teria feito lobby em favor de Servo.
A Polícia Federal chegou a indiciar Vavá por tráfico de influência e exploração de prestígio. (Carol Ferrare)
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