Anand Sharma*
Todo dia ouvimos falar sobre a economia global e sobre como ela afeta localmente os fabricantes. Algumas empresas usam “a economia global” como desculpa para um desempenho sofrível; outras percebem que, já que não podem vencê-la, é melhor juntar-se a ela, mas não sabem como fazer isso. Há ainda as que recebem uma sobrecarga de informações na tentativa de descobrir como jogar globalmente e sobreviver. Grande parte desse comportamento é uma reação ao sensacionalismo da imprensa, enquanto outra é o resultado de pressões comerciais muito reais. Mas competir e ter sucesso em um ambiente global não deve ser um mistério. Lembre-se: uma boa empresa é uma boa empresa, seja quem for seu concorrente. Esse concorrente pode ser uma empresa da mesma cidade ou do outro lado do mundo. O que importa é o modo como você conduz os negócios.
Muitos fabricantes perceberam os benefícios de enxugar despesas no aumento da competitividade, reduzindo estoques, eliminando desperdícios, melhorando a qualidade e valorizando de verdade seu patrimônio humano. Algumas dessas empresas podem até estar nessa fase de cortes há anos, com uma cultura de aperfeiçoamento constante em apoio a iniciativas econômicas para ajudar no crescimento da empresa, inovar e manter os clientes felizes.
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Então, como uma empresa que já tem uma cultura de aperfeiçoamento contínuo concorre em uma economia global? Considere os cinco elementos descritos a seguir para o sucesso (5Rs): Responsiveness (agilidade), Rhythm (ritmo), Reliability (credibilidade), Responsibility (responsabilidade) e Relevancy (eficiência).
Agilidade significa estar alerta para todas as necessidades dos clientes, não apenas quando você tem tempo ou pessoas para fazer isso, mas sempre. Esse é o ponto inicial. Considere o cliente em primeiro lugar e trate cada cliente como se a empresa dependesse apenas dele, porque ela depende.
Ritmo significa sincronizar a produção com a demanda do cliente. Não é tão fácil como você pensa. A demanda real não é igual à sua capacidade de produção. É fornecer exatamente o que os clientes querem, quando eles querem — nem mais, nem menos. Para lidar com esse desafio, você pode programar a demanda, mas não se trata de um passe de mágica. Produza demais, e você terá excesso de estoque em mãos. Produza de menos, e você terá clientes descontentes que logo irão traí-lo.
*Anand Sharma é fundador e CEO (Chief Executive Officer) da TBM Consulting Group, Inc. e autor do livro The Perfect Engine (Editora Free Press, 2001). Considerado pela revista Fortune como um Herói da Manufatura dos EUA e ganhador do prêmio Donald Burnham Manufacturing Management da SME, Sharma pode ser contatado pelo endereço asharma@tbmcg.com.
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