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O relacionamento cada vez mais estreito do PT com partidos de centro-direita, como o PMDB, o PTB, o PP e o PL, tem despertado insatisfação nos governistas mais à esquerda, que já pensam em uma alternativa para o próximo ano. O namoro, por enquanto, ainda é tímido, mas pode esquentar depois das eleições de outubro. Lideranças do PPS, do PSB, do PV e do PCdoB têm analisado a possibilidade de se unirem em um bloco de centro-esquerda, que também teria o oposicionista PDT, para tentar seduzir o eleitor petista desiludido com os rumos do governo. O caminho seria a formação de uma federação partidária, instrumento previsto na reforma política. Ao contrário das coligações, que obedecem ao sabor dos interesses eleitorais, as federações não poderão ser desfeitas num prazo mínimo de três anos, segundo o relatório que será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Nesse período, os partidos federados terão de funcionar como uma só agremiação no Congresso Nacional. Leia também Os líderes, até o momento, evitam falar sobre o assunto de forma pública. Eles preferem aguardar pelo resultado das eleições para analisar o novo mapa partidário. Outra dificuldade levantada entre os partidos está na unificação do discurso. Até agora, apenas o PDT, que rompeu com o governo, e o dividido PPS têm feito críticas ao Planalto. Além disso, reconhecem, será preciso muita conversa para aparar arestas históricas entre partidos como o PCdoB e o PPS, antigo PCB. |
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