O PMDB oficializou hoje (8), por aclamação, a candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP) para a presidência da Câmara, em solenidade que reuniu nesta tarde os principais caciques da legenda. Caso saia vitorioso da disputa e tome posse em 1º de fevereiro (véspera da abertura dos trabalhos legislativos), terá sido a terceira vez que o parlamentar paulista ocupa o posto (Temer foi eleito e reeleito durante o governo Fernando Henrique Cardoso).
A presença maciça de peemedebistas no apoio a Temer foi um sintoma de que o partido está mesmo disposto a acumular as presidências da Câmara e do Senado. Entretanto, a despeito da demonstração de força do PMDB – partido com maior bancada em ambas as Casas – a hipótese de vitória de Temer foi colocada em risco com o surgimento de um nome conhecido do Parlamento: o senador licenciado Hélio Costa, que comanda o Ministério das Comunicações (leia).
“A nossa presença como senador tem significado político e, sobretudo, simbólico, como aquela que diz que a partir de agora temos líderes do PMDB”, declarou o senador José Sarney (PMDB-AP), sinalizando o apoio irrestrito dos parlamentares peemedebistas a Temer.
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Outro peemedebista a sublinhar a força simbólica dos senadores na solenidade pro-Temer foi o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL). Para o parlamentar alagoano, a candidatura de Temer é um projeto prioritário do partido, e "o Senado não será obstáculo para que isso ocorra".
"A prioridade do PMDB é a candidatura de Michel", discursou Renan, dirigindo-se ao deputado. "Quero cumprir tarefas para que você [Temer] volte à presidência da Câmara dos Deputados. Estamos aqui dando mais um passo na materialização da unidade do partido. A presidência da Câmara é um projeto do partido. "
O discurso de "unidade" da legenda foi reforçado pelo próprio Temer. "O PMDB sempre foi o partido da divergência interna. Estou no PMDB desde 1976, eu confesso que nunca vi uma unidade tão absoluta." (Fábio Góis e Renata Camargo)
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