Um dia após ocupar o apartamento triplex do Guarujá (SP) atribuído ao ex-presidente Lula, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MTST) tomou, nesta terça-feira (17), a sede da TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado. Cerca de 180 militantes, de acordo com os organizadores, chegaram por volta das 5h da manhã e ocuparam a área do estacionamento da emissora. O ato faz parte dos protestos do MTST contra a prisão do ex-presidente.
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Inicialmente, o grupo fechou a entrada da emissora e proibiu os funcionários de entrarem no local. No entanto, após negociações com a Polícia Militar do estado, o grupo liberou a entrada. O MTST acusa a Globo de tomar partido a favor da prisão de Lula e de ter ajudado a derrubar o governo de Dilma Rousseff (PT). Hoje faz dois anos que a Câmara aprovou a abertura do processo que resultou no impeachment de Dilma.
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Ainda na manhã desta terça-feira (17), outro grupo do movimento ocupou a fazenda do empresário Oscar Maroni, dono do Bahamas Hotel Club, no município de Araçatuba, interior de São Paulo. Maroni é conhecido como “magnata do sexo” por agenciar casas de prostituição de luxo como o Bahamas Club, na cidade de São Paulo.
Os organizadores estimam que 300 militantes participam da manifestação. Esta é quarta ocupação do movimento na área do empresário. O MST exige que a área seja destinada à reforma agrária. Maroni, no início do mês, chegou a distribuiu 9 mil latas de cerveja em frente ao Bahamas Club em comemoração ao pedido de prisão do ex-presidente.
Lula foi condenado em segunda instância no caso do triplex em Guarujá (SP) no dia 24 de janeiro de 2018. Na ocasião, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão – pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro – com início em regime fechado.
Em julho de 2017, Lula havia sido condenado pelo juiz da Lava Jato na primeira instância, Sérgio Moro. No dia 5 de abril, após receber ofício do TRF-4, o juiz Sérgio Moro determinou execução da prisão. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, quando decidiu se entregar à PF.
Nesta terça-feira, os movimentos populares ligados à Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam uma série de mobilizações em todo o Brasil. Além de rememorar os 22 anos de impunidade do Massacre de Eldorado dos Carajás, as ações também denunciam a paralisação da Reforma Agrária e a prisão do ex-presidente Lula.
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