Reportagem do jornal O Globo deste domingo (25) afirma que o senador Romário (Podemos-RJ) ocultou uma parcela milionária do seu patrimônio nos últimos anos para evitar o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça. Segundo a publicação, dois apartamentos na Praia da Barra da Tijuca já foram identificados em juízo e vão ser usados para amortizar parte do que é devido pelo ex-jogador. Os próximos itens da lista são uma casa em um condomínio de luxo no mesmo bairro e um carro importado.
De acordo com o jornal, os bens mapeados — todos estiveram ou ainda estão oficialmente registrados em nome de terceiros — são avaliados em R$ 9,6 milhões. Levantamento feito pelo Globo nas ações, em cartórios e junto à Procuradoria da Fazenda Nacional revela que Romário e duas de suas empresas são cobrados por pelo menos R$ 36,7 milhões em dívidas com a União, outras empresas e pessoas físicas.
Leia também
Conforme a reportagem, o mecanismo para esconder bens e burlar credores foi explicitado pela juíza Érica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível da Barra, ao analisar o caso dos imóveis localizados na orla da Barra. “O expediente é tal flagrante que não pode ser ignorado. Não é preciso maior dilação para se concluir pela ocultação de patrimônio para fraudar credores”, ressalta a magistrada em despacho de outubro do ano passado.
O Globo relata que os dois apartamentos citados foram comprados pelo senador em 2005 e quitados em 2008. Mas, até 2016, permaneceram registrados em nome da construtora Cyrela. Instada por um dos credores de Romário, a Justiça determinou que a empresa revelasse a identidade do real proprietário. A Cyrela, então, informou que os imóveis pertenciam à Romário Sports Marketing, firma que tem o senador como principal sócio. A Cyrela disse, em nota, que caberia ao comprador do imóvel solicitar o registro.
De acordo com o jornal carioca, no fim do ano passado, os dois apartamentos foram leiloados para quitar parte da dívida do senador com a Koncretize, empresa que prestou serviços para o extinto restaurante Café do Gol, que Romário manteve na Barra entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000. Em dezembro, um empresário arrematou os dois imóveis pelo total de R$ 2,86 milhões.
O senador, na época da campanha, fixou em R$ 1,3 milhão o valor total dos seus bens. Na ocasião ele informou à Justiça eleitoral que era dono de 99% do capital da Romário Sports Marketing e estipulou em R$ 99 mil o valor de sua participação na empresa.
O ex-craque do futebol afirmou ao Globo que a reportagem estava “confundindo a pessoa jurídica Romário Sports Marketing com a pessoa física Romário de Souza Faria”: “Como vocês próprios falaram, os imóveis não são meus, pertenciam à empresa”. O Globo cita outros casos de transações suspeitas de imóveis e veículos de luxo envolvendo o senador, que é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro.
>> Presidente do Podemos-RJ, Romário anuncia expulsão de deputados que apoiaram soltura de Picciani
os imoveis não são meus são da empresa em que possuo 99% de suas cotas. Ah vá pra pqp.
Difícil encontra um político sem rabo sujo. A política é o refúgio de salafrários que vão em busca do poder e da camuflagem para tentar encobrir a sua vida pregressa não ilibada. Romário joga pedra no telhado de vizinhos criminosos, mas se esquece ou finge de que se lambuza do mesmo mel.