Integrantes do governo na CPI dos Correios querem incluir no relatório parcial, apresentado na quinta-feira pelo sub-relator de movimentação financeira, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), referências a irregularidades no financiamento de campanhas tucanas. O relatório de Fruet propôs o indiciamento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e do ex-tesoureiro do petista Delúbio Soares.
Anteontem, parlamentares do PT pediram prazo para analisar o documento sob alegação que o material, elaborado por Fruet, é tendencioso e incompleto por se restringir apenas à movimentação financeira de Valério durante o governo Lula. A intenção dos governistas é votar contra o relatório, impedindo que dessa forma ele seja enviado para o Ministério Público, a Polícia Federal, a Receita Federal, o Tribunal de Contas da União, o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários.
Fruet até ontem estava irredutível. “O foco das investigações era a partir de 2003, depois foi prorrogado para os últimos cinco anos e agora ampliaram para 1998, mas esses dados ainda não chegaram”, disse ele.
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Os petistas, entretanto, querem incluir no relatório irregularidades na campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) à reeleição ao governo mineiro em 1998. Azeredo admitiu o uso de caixa dois, que teria sido abastecido com um empréstimo tomado por Valério. “Não tenho dúvida de que isso vai ser incluído no relatório final da CPI”, disse o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
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