O Psol divulgou nota há pouco pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). ” Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados”, afirma o documento.
O peemedebista é apontado pelo lobista Julio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, como beneficiário de US$ 5 milhões em forma de propina. Cunha nega a acusação e diz que o depoimento faz parte de uma ação orquestrada entre o governo e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para prejudicá-lo. Diante desse cenário, Cunha partiu para o ataque.
No final da manha desta sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputados anunciou seu rompimento pessoal com o governo. O PMDB apressou-se em declarar, por meio de nota, que essa era uma posição pessoal do deputado fluminense e que a legenda continua apoiando o governo Dilma Rousseff. Por sua vez, o governo destacou que espera imparcialidade de Cunha.
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Confira a íntegra da nota do Psol
EDUARDO CUNHA DEVE SE AFASTAR
1 – É inaceitável que se confundam as denúncias feitas contra Eduardo Cunha e Renan Calheiros como um “ataque ao Congresso Nacional”;
2 – Cada parlamentar e seu partido têm que responder pelas acusações que eventualmente sofram;
3 – Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados;
4 – A confusão deliberada que Cunha produz, à guisa de defesa, evidencia sua incompatibilidade entre a função de presidente da Casa, que exige equilíbrio e postura de magistrado, e a condição de investigado na Operação Lava Jato.
Não havendo expectativas no gesto de grandeza que seria ele próprio licenciar-se temporariamente da presidência, nós do PSOL vamos buscar construir uma posição conjunta de partidos para que essa cobrança seja feita, em defesa da Câmara dos Deputados.
Brasília, 17 de julho de 2015.
Bancada do PSOL na Câmara dos Deputados
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