Lideranças do PSDB estiveram reunidas durante a manhã desta sexta-feira (8) no Palácio Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. O encontro contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e Beto Richa (PR) e foi realizado para unificar o discurso do partido em relação ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), o intuito é que a legenda tenha uma posição “uníssona” a favor do recurso que pode cassar o mandato presidencial. Ele afirma ainda que, no PSDB, a decisão é dar “100%” de apoio ao impeachment. “Não é 99% não”, enfatiza o senador tucano.
“Fiz uma reunião no palácio com lideranças do PSDB para que a palavra do partido seja uma palavra uníssona, uma palavra dura, clara, em favor da virada dessa página triste da história do Brasil, que o PT e seus comparsas irresponsavelmente ajudaram a escrever”, disse Aécio, à tarde, durante encontro com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil.
“Assumimos o compromisso, agora vamos buscar outros parlamentares desses estados que nós governamos e dizer a eles: ‘Vamos dar uma chance ao Brasil’. A coisa não é mais governo e oposição, é quem é brasileiro e quem não é”, acrescentou o senador.
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No encontro, ficou acertado, de um lado, a concordância do partido em apoiar o impedimento de Dilma e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer. Do outro, os tucanos combinaram que a palavra de ordem “impeachment já” deve ser a tônica da ação do partido, que até então se dividia entre os que defendiam tal bandeira como palavra de ordem prioritária e aqueles (como o próprio Aécio) que davam mais ênfase à defesa da cassação da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os tucanos não chegaram a um acordo, porém, em relação à participação do partido em um eventual governo Michel Temer. A ideia tem o apoio do senador José Serra (PSDB-SP) e de outros líderes da agremiação, não é vista com bons olhos nem pelo ex-presidente Fernando Henrique nem por Aécio Neves.
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