O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bedine, foi acusado por um ex-vice-presidente do Banco do Brasil de ter dado carona à socialite Val Marchiori e mais dois amigos num jato a serviço do BB, durante uma visita oficial de Bendine a Buenos Aires, em 2010. Na época, Bendine era presidente do Banco do Brasil. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela Folha de São Paulo.
Segundo a Folha, Bendine e o presidente da área internacional do Banco na época, Allan Toledo, viajaram à capital argentina em uma missão oficial ocorrida em 20 de abril de 2010, que tinha como objetivo concluir a aquisição do Banco da Patagônia. Marchiori, conforme depoimento de Toledo ao Ministério Público, também fez parte desta comitiva.
Além de pegar carona em um avião a serviço do Banco do Brasil, Marchiori também se hospedou no mesmo hotel que o então presidente do banco. “Val Marchiori acompanhava Aldemir Bendine, sendo que se tratava de avião pequeno. Neste voo foi um casal de amigos de Bendine ou de Marchiori, além do próprio depoente e dois pilotos”, disse Toledo em seu depoimento, conforme a Folha.
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Este depoimento faz parte de um processo de investigação instaurado pelo Ministério Público para apurar denúncias do motorista Sebastião Ferreira da Silva, segundo as quais, ele teria transportado dinheiro vivo para Bendine em várias ocasiões.
Silva também revelou aos procuradores que, a pedido do novo presidente da Petrobras, levou a socialite a vários endereços em São Paulo até o ano de 2013, sempre em carros oficiais do banco.
Ainda conforme a Folha, três anos após essa viagem, Marchiori conseguiu um empréstimo de R$ 2,7 milhões junto ao Banco do Brasil mas sem atender às normas internas do banco. Essa transação também está sendo investigada pelo MP.
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