Camilla Shinoda e Edson Sardinha
“Quais são os deputados e senadores que melhor representam a população no Congresso?” A pergunta lançada por este site aos seus leitores em 18 de setembro, quando começou a segunda etapa do Prêmio Congresso em Foco 2007, reacendeu a polêmica sobre a representatividade dos congressistas brasileiros e provocou debates acalorados sobre a própria premiação em si.
As divergências vão muito além dos 150 mil votos dados pelos internautas aos 16 senadores e 25 deputados que concorrem ao título de parlamentar que melhor exerce o mandato na atualidade. Elas também estão expressas nas dezenas de comentários encaminhados todos os dias ao Congresso em Foco.
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Instrumento de democracia
A maioria dos leitores manifesta apoio à premiação, cujo objetivo é reconhecer o trabalho dos congressistas que se destacam no cumprimento de suas obrigações neste ano e estimular a população a analisar o desempenho individual dos representantes eleitos.
“É exatamente quando o mar de lama é mais intenso que se torna tão fundamental examinar quem se salva em meio à catástrofe. O prêmio já está consolidado como um instrumento fundamental da democracia. Os que de tudo reclamam e nada sugerem para melhorar só contribuem para a situação permanecer como se encontra hoje”, avalia Jorge Campos Félix, de Porto Alegre.
Para Maria Regina Tauffer, de Campinas (SP), a iniciativa é uma chance para o eleitor analisar de forma mais contundente seus representantes: “Excelente idéia porque os brasileiros precisam parar de ficar só reclamando dos políticos e ao mesmo tempo elegendo apenas verdadeiras porcarias, que depois de voltam contra os próprios eleitores. Vamos aprender a analisar os parlamentares, como eles se comportam e verificando quem está do lado e quem está contra”.
“Para o Brasil mudar, não é só os políticos que têm que mudar, os eleitores precisam mudar também e até a cobertura política da imprensa precisa mudar”, defende Luiz Carlos de Almeida, de Pelotas.
Lista causa discórdia
Mas existem aqueles que, apesar de admitirem dificuldade em apontar os melhores, ressaltam que há deputados e senadores que merecem confiança. E elogiam a seleção dos 41 finalistas feita por 188 jornalistas que cobrem o Congresso.
“Podemos fazer restrições a todos, absolutamente todos dos 41 indicados, nenhum deles está isento de aspectos controversos ou algumas críticas, em maior ou menor grau, mas a verdade é que são de modo geral parlamentares muito superiores à media do Congresso Nacional, em preparo, respeitabilidade, presença no Congresso. Quem dera as pessoas só elegessem parlamentares desse nível…”, declara Adriano Monteiro, de Brasília.
Entretanto, também há quem discorde da seleção e questione os critérios adotados pelos jornalistas que elaboraram a relação. “A relação não exprime o real. Os citados são os mais badalados pelos jornalistas que ’selecionam’ seus preferidos. Assim a opinião pública é apenas’dirigida’ pela mídia. Tem gente melhor trabalhando melhor, mas sem aparecer na mídia. É só observar e ver que os mais votados são os que mais criticam e acusam. Não existe uma agenda positiva. Só a negativa. Quem trabalha não aparece. Quem acusa, aparece. A pesquisa é falsa”, acusa Sérgio Oliveira, também de Brasília.
A crítica é rebatida de pronto por outro leitor, Heleno Loureiro Machado, de Palmas, para quem, escolher os melhores parlamentares é um gesto de cidadania. “O prêmio é
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